Nos países com climas em que o frio severo impera durante grande parte do ano, os veículos são muitas vezes equipados com sistemas mais eficazes para aquecer a resistência dentro da câmara de combustão dos motores diesel. Mas, mais importante do que isso, têm ainda um dispositivo que aquece rapidamente o óleo de lubrificação dentro do cárter, pois se este estiver demasiado viscoso, não só a lubrificação por “chapinhagem” deixa de ser assegurada à zona inferior do motor, como a cabeça deixa de receber óleo sob pressão. Com a consequente degradação do motor, que assim corre o risco de gripar.

Pouco entusiasmado com estas “modernices”, ou eventualmente por não ter possibilidade de recorrer ao sistema de aquecimento do cárter, o condutor desta Ford Transit decidiu confiar numa tecnologia que os humanos controlam há cerca de 1 milhão de anos: o fogo. Reunidos uns velhos cartões, incendiados com o recurso ao tradicional fósforo, eis que surge uma nova forma de aquecer o cárter do turbodiesel da Transit.

Para o condutor do comercial da Ford, acender uma fogueira sob o motor parece ser uma solução perfeitamente aceitável, mesmo que se tenha visto obrigado a apagar as labaredas que se propagaram ao pára-choques em plástico. Resta saber o que terá acontecido às tubagens de combustível, também elas em plástico, mas substancialmente menos robusto.

Face à quantidade de materiais facilmente inflamáveis no compartimento do motor, esta técnica da fogueira para aquecer o motor até pode funcionar, mas o risco de um incêndio devorar todo o veículo é tão grande que é uma loucura recorrer a esta solução.

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