Brahimi deixou de ser titular indiscutível do FC Porto. Brahimi, que há uns meses era tido como melhor elemento da equipa de Sérgio Conceição, perdeu o estatuto de titular indiscutível do FC Porto. Nos últimos encontros, o virtuoso argelino perdeu o lugar para Otávio e assistiu ao apito inicial sentado no banco de suplentes. Mas não este sábado. 

Este sábado, talvez porque olhou para as estatísticas e para os dados de Brahimi desde que chegou a Portugal, Sérgio Conceição decidiu colocar o argelino de início na ala esquerda do ataque dos dragões. E Brahimi nem sequer fez um grande jogo, nem sequer teve os rasgos geniais que de repente mudavam o rumo da partida e nem sequer esteve envolvido em grande parte do fluxo ofensivo do FC Porto, já que o ataque dos dragões caiu sempre na ala direita e em Manafá, Corona e Marega.

Mas Brahimi estava onde se sente bem. Ao passar do primeiro quarto de hora da primeira parte, Brahimi surgiu em velocidade à entrada da grande área e aproveitou um cruzamento atrasado de Marega para rematar de primeira e encostado ao poste da baliza de Ricardo Ferreira. E este golo não foi por acaso. Além de desbloquear o resultado e dar início àquela que se tornou uma importante vitória do FC Porto — tanto para agarrar a liderança e pressionar o Benfica como para responder à derrota a meio da semana em Anfield –, Brahimi marcou o 12.º golo da temporada, o nono na Primeira Liga e já igualou o registo da época passada. E mais: o avançado está a um golo do melhor registo goleador da carreira, em 2015/16, o primeiro ano no Dragão.

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Em Portimão, Brahimi reencontrou o adversário que mais sofre com os seus golos. Desde que chegou a Portugal, o avançado argelino já marcou seis golos ao Portimonense, mais do que a qualquer outra equipa. Mais do que isso, Brahimi voltou aos golos fora para o Campeonato, algo que não acontecia desde fevereiro de 2018 — altura em que marcou, precisamente, em Portimão.

Já Sérgio Conceição, que garantiu a vitória depois da derrota em Liverpool e antes de receber a equipa inglesa na segunda mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, garantiu que a equipa fez uma exibição “dentro daquilo que era esperado”. “Um Portimonense com qualidade individual, que ofensivamente cria problemas a todas as equipas, já ganhou aqui ao V. Guimarães e ao Benfica. Não permitimos muito do que é essa virtude ofensiva do Portimonense. Somos uma equipa organizada, não é como um comentador que diz que aqui é tudo só na raça ou no grito, isso não existe. Tem de haver alma, mas a organização é fundamental”, explicou o treinador dos dragões, que acrescentou ainda que o FC Porto conquistou “três pontos justíssimos”.