O Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta um crescimento económico de 4% em 2019 em São Tomé e Príncipe, segundo o mais recente relatório para a África subsariana, apresentado na sexta-feira em Washington.

Em 2018, o crescimento da economia de São Tomé e Príncipe foi de 3%, enquanto que as previsões para 2020 indicam um crescimento de 4,5%.

A dívida de São Tomé e Príncipe, que se situou nos 81,3% do PIB em 2018, irá descer, segundo as previsões do FMI, para 74,1% este ano.

Em 2020, o FMI prevê que São Tomé e Príncipe apresente uma dívida de 67,3%.

Uma missão técnica do FMI visitou o país em final de março e inícios de abril, para discutir um novo programa de assistência financeira de três anos, conhecido como Facilidade de Crédito Alargado (ECF, na sigla em inglês).

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Depois da visita, o FMI apelou à introdução de reformas estruturais alargadas nos setores da energia e turismo.

O Governo são-tomense assumiu o compromisso de reduzir a discrepância entre receitas e despesas públicas, que em 2018 resultaram numa balança orçamental de -2,1%.

As previsões do relatório do FMI indicam uma balança orçamental de -1,9% este ano e de -1,8% em 2020, que demonstram despesas públicas maiores do que receitas.

São Tomé e Príncipe foi um caso de sucesso na balança orçamental entre 2010 e 2015, com as receitas a significarem mais 31,5% sobre as despesas, o maior valor de balança orçamental na África subsariana nesse período.

O arquipélago de São Tomé terminou no final do ano passado um programa de financiamento no valor de 6,2 milhões de dólares (5,5 milhões de euros), que durava desde 2015.

O FMI coloca o país na classificação de “situação de fragilidade”, pobre em recursos naturais e de rendimento médio.