A autópsia a Julen, o menino de dois anos que morreu no passado dia 13 de janeiro em Málaga, determinou que o menino terá morrido durante a queda no poço e não por causa das ações de resgate como alegava o dono do terreno, noticiou o jornal El País. O menino terá morrido pouco depois da queda.

A morte terá acontecido às 13h50. A queda no poço no terreno em Totalán, onde a família se encontrava, terá provocado um traumatismo craniano e da medula espinhal. Foram encontradas fraturas na região occipital (a parte de trás da cabeça, acima do pescoço) e outra na região temporal esquerda.

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A defesa do dono do terreno, tio de Julen, alega que o menino terá morrido ação dos bombeiros que tentavam tirar o tampão de terra e o cobria, algo que a autópsia descarta porque não foram encontradas marcas no topo da cabeça e porque os trabalhos de resgate só se iniciaram quatro horas depois da hora identificada para a morte.

O menino não terá caído em queda livre, visto a velocidade poder ter sido diminuída pelo atrito, roupas e paredes do poço. Segundo os patologistas, Julen morreu pouco tempo depois da queda.

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Julen caiu no poço de 25 centímetros de diâmetro e 70 metros de profundidade no dia 13 de janeiro. Foi localizado no dia 26 de janeiro pela 1h25 e cerca de duas horas depois, ainda durante a madrugada, foi possível trazê-lo à superfície.

O processo de averiguações ainda não está concluído, mas o David Serrano, dono do terreno, é o único que está a ser investigado por homicídio por negligência.

Atualizado às 11h40.