Será uma décima edição “com mais aldeia e menos pessoas”, promete a organização do Bons Sons, em comunicado enviado às redações. A décima edição do festival que acontece em Cem Soldos, Tomar, decorrerá este ano de 8 a 11 de agosto. Durante quatro dias acontecerão mais de 50 concertos em dez palcos, dois dos quais novos.

Os concertos serão vistos por menos pessoas do que na edição anterior: a organização diminuiu a lotação do festival de 40 mil pessoas para 35 mil, para uma décima edição que assinala 13 anos de festival. O objetivo será o de melhorar a experiência de cada um no evento que convida a “viver a aldeia” (e não “brincar à aldeia”), limitando filas e tornando a circulação em Cem Soldos mais fácil.

No Bons Sons ninguém quer “que o público venha brincar à aldeia”

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O foco continuará, como sempre, na música portuguesa e lusófona, provando que a qualidade e variedade da produção musical portuguesa permite (pelo menos atualmente) ter cartazes anuais atrativos não recorrendo a música de outras latitudes geográficas. As dez edições e os 13 anos de Bons Sons vão ser comemorados de três formas, revelou esta terça-feira a organização: no concerto de abertura, com a presença de “13 bandas a comemorar 13 anos e dez edições” e com uma festa de encerramento.

O primeiro momento de celebração desta décima edição — o concerto de abertura, a 8 de agosto — acontecerá ao som da Orquestra Filarmónica Gafanhense, que ficou incumbida de escolher um tema de um música ou banda presente em cada uma das edições do festival (as nove anteriores e a atual).

As 13 bandas que comemorarão os 13 anos de Bons Sons com concertos serão todas repetentes no festival. Para o grupo de 13 que se pretende que espelhe os cartazes das nove edições anteriores foram convidados os Diabo na Cruz, que atuarão a solo, e um conjunto de duplas que se juntaram propositadamente para o festival, nomeadamente First Breath After Coma com Noiserv, Glockenwise com JP Simões, Joana Espadinha com Benjamim, Lodo com Peixe, Sensible Soccers com Tiago Sami Pereira e Sopa da Pedra com Joana Gama.

Bons Sons: em Cem Soldos descobri a terra que nunca tive

O concerto de encerramento, por sua vez, acontecerá com uma atuação do produtor e músico português Moullinex, descrita pela organização como “uma festa cheia de surpresas e convidadas, com curadoria” do artista da editora Discotexas.

Além da Orquestra Filarmónica Gafanhense, da “festa” de Moullinex e dos concertos de 13 artistas com passagens anteriores pelo festival, o Bons Sons irá ser palco de atuações de Tiago Bettencourt, Júlio Pereira, Luísa Sobral, Helder Moutinho, Budda Power Blues & Maria João, Dino D’Santiago, Pop Dell’Art e X-Wife.

O grupo Três Tristes Tigres, o DJ e produtor musical Stereossauro, a banda Fogo Fogo, o rapper-compositor Scúru Fitchádu, a banda Paraguaii e o grupo Baleia Baleia Baleia também vão atuar. A estes juntam-se os Tape Junk, Miramar, Pedro Mafama, Senza, Afonso Cabral, Ricardo Toscano e João Paulo Esteves da Silva, Raquel Ralha & Pedro Renato, Jorge da Rocha, Mano a Mano, Sallim, Galo Cant’Às Duas e Tiago Francisquinho.

O cartaz musical completa-se com concertos e DJ sets de Gator, The Alligator, Cosmic Mass, Francisco Sale, Rui Souza, Valente Maio, Ricardo Leitão Pedro, DJ Narciso, DJ João Melgueira, Carlos Batista, Vénus Matina, Mil Folhas, Telma, Cal, Adélia, Pequenas Espigas e Vozes Tradicionais Femininas.

Bons Sons. Como se faz um festival numa aldeia

Paralelamente aos concertos, será possível  ver no Bons Sons espetáculos de outras disciplinas artísticas, como “Coexistimos”, de Inês Campos, “Danza Ricercata”, de Tânia Carvalho e “Nem a Própria Ruína”, de Francisco Pinho, João Dinis Pinho e Dinis Santos. Será exibida também em Cem Soldos “uma seleção de curtas-metragens a anunciar em breve”.