Depois de ser revelado ao público no Salão de Genebra, no início de Março, e ainda antes do modelo estar disponível para venda, pelo menos em países como Portugal, a marca francesa está já a tratar do desenvolvimento da versão de competição. No fundo, a repetição da estratégia vencedora que adoptou com o 205 de 1983, que poucos meses depois da versão de série estar disponível, em 1984, já tinha o 205 Turbo16 a vencer provas no mundial de ralis, a começar pelo Rali dos 1000 Lagos, na Finlândia, com Ari Vatanen.

Para o novo 208, com a sua frente atraente a exibir a característica e nova assinatura luminosa, a Peugeot está a desenvolver o 208 R2, preparado segundo as especificações da Federação Internacional Automóvel para a classe R2C. O chassi aligeirado de tudo o que é supérfluo, para poupar peso, monta suspensões e travões de competição. Por dentro, apenas o que o piloto e navegador necessitam para percorrer os troços cronometrados no mínimo tempo possível, sejam eles em piso de terra ou em asfalto, consistindo sobretudo em duas baquets com cintos de cinco apoios.

Mas a categoria R2 é conhecida pelos custos reduzidos, o que é conseguido recorrendo a pequenos motores – baratos, mas não necessariamente pouco potentes. Na geração anterior, o 208 R2 recorria a um 1.6 atmosférico, capaz de fornecer cerca de 190 cv, mas na versão de 2019 a motorização passa a ser assegurada pelo 1.2 PureTech, um pequeno três cilindros, mas soprado por um turbocompressor.

O construtor não anunciou os valores de potência nem de binário, mas deverá superar 200 cv e fornecer muito mais força do que a versão atmosférica anterior. Para Bruno Famin, director da Peugeot Sport, o 208 R2 vai continuar a ser desenvolvido a ponto de começar a competir no arranque da época de 2020, que abre logo em Janeiro.

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