Representantes timorenses e das petrolíferas ConocoPhillips e da Shell assinaram esta terça-feira, em Singapura, o documento final que concretiza a compra por Timor-Leste de uma participação maioritária no consórcio do Greater Sunrise, no mar de Timor.

O documento foi assinado por Xanana Gusmão, em nome de Timor-Leste, pelo presidente da ConocoPhillips, Chris Wilson, e pela vice-presidente da Shell, Cecile Wake, numa curta cerimónia num escritório de advogados, 24 horas depois dos 650 milhões de dólares (575 milhões de euros) do negócio serem transferidos para as petrolíferas.

Formalmente, a participação foi adquirida pela petrolífera timorense Timor Gap, através de quatro subsidiárias criadas especialmente para este negócio.

Com a concretização do negócio, acordado no ano passado com as petrolíferas, Timor-Leste vai assumir uma participação maioritária de 56,6% no consórcio do projeto, que inclui ainda a petrolífera australiana Woodside, como operadora, e a Osaka Gas.

Numa recente entrevista à Lusa, o presidente e diretor executivo da Timor Gap, Francisco Monteiro, disse que Timor-Leste quer evitar recorrer ao Fundo Petrolífero (FP) para financiar os custos de capital (CAPEX) de até 12 mil milhões de dólares norte-americanos (cerca de 11 mil milhões de euros) para o desenvolvimento do projeto do gasoduto para Timor-Leste e processamento na costa sul.

Após o início da produção, é esperado um retorno financeiro que pode alcançar os 28 mil milhões de dólares (24,7 mil milhões de euros), explicou o responsável.

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