Salvador, o filho da canoísta que entrou em morte cerebral mas que foi mantida viva para que a sua gravidez evoluísse, ainda está internado na Unidade de Neonatologia do Centro Hospitalar Universitário São João. Segundo fonte hospitalar, o bebé, nascido a 38 de março, continua a necessitar dos cuidados médicos normais por ter nascido prematuro, com 31 semanas.

Salvador nasceu no dia 28 de março, com 31 semanas e 6 dias de gestação, às 4h32. Na altura do parto, Salvador pesava 1,7 quilos, um peso bom para bebé prematuro, segundo os médicos, e media 40 centímetros. Há cerca de uma semana, a sua avó materna anunciou que iria requerer a guarda partilhada do neto. Avançou, também, que a criança poderia ter alta no final deste mês de abril.

Num comunicado enviado esta quarta-feira, o hospital do Porto refere que a criança “está estável, a necessitar cuidados médicos expectáveis na sua situação clínica”.

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Quando nasceu, Salvador apresentava dificuldades respiratórias mas o seu estado de saúde evoluiu de forma positiva nos dias seguintes. Um dia após o nascimento, o bebé já não necessitava de “ventilação mecânica invasiva”, como informou à data o conselho de administração do Centro Hospitalar e Universitário de São João, no Porto, e já respirava apenas com ajuda do suporte ventilatório nasal, como confirmou o Observador. Cinco dias depois do parto, o bebé já respirava sozinho.

Catarina Sequeira, mãe de Salvador, natural de Crestuma, em Vila Nova de Gaia, foi mantida viva para que o filho pudesse nascer. A morte cerebral da jovem canoísta de 26 anos foi declarada a 26 de dezembro de 2018, depois de, no dia 20 desse mês, a mulher grávida ter dado entrada no Hospital de Gaia, devido a ataque de asma aguda que a deixou inconsciente.

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