No final da edição passada, a organização do festival perguntou nas redes sociais quem o público gostaria de ver no palco do MIMO. Criolo foi um dos nomes mais pedidos e por isso é um dos cabeças de cartaz desta quarta edição. Num concerto integrado na digressão Boca do Lobo, onde o rapper brasileiro reflete sobre o momento que o seu país atravessa, explorando a música eletrónica. Em palco, Criolo fará uma espécie de retrospetiva da sua carreira, onde a crítica social e política está bem presente e se mistura na sua sonoridade e identidade. Aos temas novos, Boca do Lobo e Etérea, o músico de São Paulo juntará êxitos que o tornaram conhecido no universo sambista.

Também confirmado está Salif Keita com aquele que foi anunciado como “último disco da sua carreira”, An Autre Blanc. É a despedida do músico do Mali, considerado um embaixador do continente africano, que já conta com 70 anos de vida e 50 de estrada. Depois de uma vida atribulada devido ao facto de ser albino em África, Salif celebra a diferença e concentra-se na luta pelos direitos humanos. Com uma percurso a solo premiado, o músico integrou vários grupos e colaborou com Joe Zawinul, Steve Hillage, Jean-Philippe Rykiel, Carlos Santana, Cesária Evora, Wayne Shorter, Ibrahim Maalouf e Esperanza Spalding. Segundo o comunicado enviado pela organização, estes são “dois concertos exclusivos em Portugal”.

O MIMO Festival nasceu no Brasil em 2004 e teve a sua primeira edição internacional em 2016 em Amarante, sendo “um evento gratuito, abrangente e multidisciplinar”. No programa constam não apenas concertos, mas também cinema, workshops, masterclasses e poesia, tudo ao longo de três dias em locais históricos da cidade. A edição passada contou com 70 mil pessoas e o evento já foi distinguido com o Iberian Festival Awards para Melhor Infraestrutura Nacional em 2017 e 2018.

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