A economia angolana contraiu 1,7% em 2018, de acordo com um documento divulgado esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola, relativo ao quarto trimestre desse ano.

O INE angolano aponta, no entanto, que este valor “poderá sofrer alterações” aquando da publicação dos resultados finais das Contas Nacionais.

Esta contração corresponde às previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgadas em dezembro de 2018 e surge depois de o Produto Interno Bruto (PIB) – toda a riqueza produzida no país – angolano ter já registado uma recessão de 0,2% em 2017.

No documento divulgado esta quarta-feira pelo INE, este refere que o PIB angolano cresceu 2,2% durante o quarto trimestre de 2018 face ao período homólogo de 2017, um crescimento que não conseguiu impedir a recessão de 1,7% no acumulado do ano.

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Dos 17 setores contabilizados pelo Departamento de Contas Nacionais e Coordenação Estatística, seis verificaram um crescimento em 2018: Eletricidade e Água (22,3%), Intermediação Financeira e de Seguros (11,7%), Serviços Imobiliários e Aluguer (3,0%), Correios e Telecomunicações (1,8%), Administração Pública, Defesa e Segurança Social Obrigatória (1,2%) e Construção (0,4%). Estes seis setores representam uma participação acumulada de no PIB de 28%.

Em sentido inverso, Subsídios (-62,6%), Pesca (-17,1%), Serviços de Intermediação Financeira Indiretamente Medidos (-15%) e Imposto Sobre os Produtos (-12,7%) foram os setores que verificaram uma maior quebra durante o ano de 2018. Ainda assim, apesar dos valores negativos, estes quatro setores representam cerca de 5% do total do PIB de Angola.

Um dos principais indicadores que contribuiu para a queda do PIB de Angola em 2018 foi a quebra de 9,5% na Extração e Refinação de Petróleo, responsável por 33% de toda a riqueza produzida anualmente pelo país.

De acordo com o Relatório de Fundamentação do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2019, o Governo angolano estima que o crescimento do PIB face a 2018 se situe entre os 2,3% e os 2,8%.