Que Diego Costa nunca foi propriamente flor que se cheirasse, não é uma novidade. E a coisa até se pode resumir ao final de março de 2016 quando, depois de inúmeros episódios que envolveram agressões adversários ou choques com treinadores, viu o primeiro cartão amarelo e cuspiu nos pés do árbitro e foi expulso por acumulação no segundo tempo por morder um opositor – e com isso o Chelsea ficou privado de uma unidade para tentar virar o resultado frente ao Everton na Taça de Inglaterra. No entanto, havia um ponto que poucas vezes era colocado em causa: no clube que representava, era protegido por todos. Algo que, depois desta quinta-feira, poderá mudar um pouco de figura no que diz respeito ao Atl. Madrid.

Diego Costa suspenso por oito jogos pela expulsão com o FC Barcelona

Numa temporada difícil em termos de lesões, onde cumpriu apenas 21 jogos até ao momento (com cinco golos), o avançado teve como ponto baixo a expulsão por vermelho direto no encontro em Camp Nou com o Barcelona, naquela que seria a última chance dos colchoneros poderem ainda aproximar-se dos catalães na luta pelo título após a eliminação da Champions: com apenas 28 minutos disputados, a altercação com Gil Manzano deixou o conjunto comandado por Diego Simeone reduzido a dez ainda no primeiro tempo, resistindo até aos últimos cinco minutos onde sofreu dois golos que “mataram” a Liga.

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O relatório do árbitro não foi nada brando (além de ter insultos, Gil Manzano acrescentou o agarrar de braço do jogador para evitar que mostrasse cartões a dois companheiros de equipa) e a sanção manteve essa mesma linha: oito jogos de castigo, algo que já não acontecia em Espanha desde os dez encontros de afastamento para Pepe quando estava no Real e agrediu a pontapé um adversário quando este estava no chão. O Atl. Madrid ainda apresentou recurso mas o mesmo foi recusado, o que faz com que o internacional volte apenas aos relvados no início da temporada de 2019/20.

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Esta quinta-feira, Diego Costa voltou a dar nas vistas pelas piores razões: apesar de não ter qualquer constrangimento físico, o jogador nascido em Lagarto, no Brasil, recusou-se a trabalhar com os restantes companheiros, falhando o treino sem razão para tal apesar de estar presente nas instalações do clube (Savic é o único afastado dos relvados). De acordo com o As e com a Marca, o jogador estará descontente pela forma pouco convicta – pelo menos na sua ótica – como foi feita a sua defesa depois da pesada sanção e, em paralelo, por ter sido multado pela própria conduta que levou à expulsão no jogo com o Barcelona.

De acrescentar que, também esta semana, ficou a saber-se que o jogador que chegou a passar por Portugal (Penafiel e Sp. Braga) antes de jogar pela primeira vez em Espanha (Celta de Vigo, Valladolid, Albacete, Rayo Vallecano e Atl. Madrid, com três épocas no Chelsea entre 2014 e 2017) está a ser investigado pela Autoridade Tributária depois de uma denúncia que o acusava de fraude fiscal no valor de 1,1 milhões de euros, de acordo com o que foi avançado pelo El Mundo, respeitando ao ano de 2014 em que saiu para a Premier League. Os responsáveis estão ainda a decidir se avançam ou não com a acusação.

Justiça espanhola investiga Diego Costa por fraude fiscal de 1,1 milhão de euros