A petrolífera Sonangol e as suas associadas exportaram, no primeiro trimestre de 2019, cerca de 119,79 milhões de barris, gerando uma receita bruta de 7.550 milhões de dólares (6.565 milhões de euros), anunciou esta terça-feira fonte governamental angolana.

Segundo o Ministério dos Recursos Mineiras e Petróleos angolano, desse volume global, a Sonangol exportou 45 milhões de barris, um incremento de apenas 9.000 barris em relação ao último trimestre de 2018, tendo arrecadado 2.800 milhões de dólares (2.435 milhões de euros), menos 221 milhões de dólares (192 milhões de euros) face ao quatro trimestre de 2018.

Os dados, considerados como realizações do primeiro trimestre de 2019 e perspetivas do mercado petrolífero angolano para o segundo, foram apresentados esta terça-feira em Luanda pelo Ministério dos Recursos Mineiras e Petróleos de Angola e pela estatal Sonangol.

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As exportações, segundo as autoridades, foram avaliadas ao preço médio ponderado de 63,058 dólares/barril.

Aludindo aos dados globais, o órgão ministerial frisou que, em comparação com o quarto trimestre de 2018, registou-se uma diminuição nas quantidades exportadas de cerca de 8,83 milhões de barris e que, em relação ao primeiro trimestre de 2018, observou-se uma redução nas quantidades de cerca de 10,29 milhões de barris.

Segundo o presidente da comissão executiva da Sonangol Comercialização Internacional (SONACI), Luís Manuel, a diminuição do valor bruto arrecadado em comparação com o último trimestre de 2018 “deveu-se, principalmente, à diferença registada no preço médio das vendas influenciada pelo preço médio do Brent – referência para exportações angolanas”.

“O preço médio das vendas foi de cerca de 60 dólares/barril quando, no quarto trimestre [de 2018] foi de cerca de 67 dólares, com uma diferença acentuada de sete dólares. O Brent teve uma diferença elevadíssima e isso teve impacto no valor bruto das vendas”, explicou.

Em relação à exportação de produtos, o líder da comissão executiva da SONACI deu conta que, no primeiro trimestre deste ano, a petrolífera angolana exportou 217.000 toneladas métricas, representando um incremento de cerca de 124 mil face ao último trimestre de 2018.

De acordo com o responsável, o incremento deveu-se à “paragem programada para manutenção registada na Refinaria de Luanda” e daí foram arrecadados cerca de 95 milhões de dólares (82,6 milhões de euros), mais 55 milhões (47,8 milhões de euros) em relação ao último trimestre de 2018.

Nesse período, a Sonangol importou igualmente 397.000 toneladas métricas, representando um decréscimo de cerca de 577 mil toneladas métricas.

“Em termos de valor bruto despendido, registamos perto de 221 milhões de dólares (192 milhões de euros), valor que, quando comparado com o dispêndio registado no quarto trimestre de 2018, representa uma poupança de cerca de 457 milhões de dólares (397,3 milhões de euros)”, concluiu.

A China continua a ser o principal destino do petróleo angolano, absorvendo 55,87% das exportações no primeiro trimestre de 2019, seguido da Índia, com 15,70%, e da Espanha com 7,54%.

África do Sul (2,05%), Estados Unidos (1,96%) e Coreia do Sul (1,95%) foram também alguns dos destinos do petróleo bruto angolano durante o primeiro trimestre de 2019.

No encontro, que decorreu na sede do Ministério dos Recursos Mineiras e Petróleos, em Luanda, foram também apresentados, à porta fechada, os resultados das empresas BP, Total, ESSO, ENI e Chevron.