Os bombeiros profissionais vão passar a poder ter carreira única com o seu novo estatuto profissional. Por outro lado, confirma-se que só poderão reformar-se aos 60 anos, ao contrário do que o setor reivindicava. As novidades resultam de uma nova proposta do Governo, após negociações decorrentes da polémica criada com a primeira proposta do executivo para o estatuto profissional dos bombeiros.

A Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais e o Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (ANBP/SNBP) reuniram esta terça-feira com o secretário de Estado da Proteção Civil, José Neves. O presidente do sindicato, Sérgio Carvalho, disse à Lusa que 17 anos depois os bombeiros profissionais vão ter um novo estatuto profissional, devendo a versão do Governo ser aprovada nas próximas semanas.

Durante as negociações, o Governo aceitou alguns pontos e deixou cair algumas das propostas mais polémicas inicialmente avançadas. Segundo a ANPB/SNBP, o Governo vai manter os atuais postos de bombeiros profissionais, tendo deixado cair da versão inicial a redução das carreiras.

Sérgio Carvalho explicou também que os bombeiros municipais e sapadores vão ter o mesmo ordenado, sendo aplicada a tabela dos sapadores ao auferirem um ordenado base de 949.50 euros, com subsídios incluídos.

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“Não vai haver qualquer prejuízo para nenhum bombeiro”, disse o presidente do sindicato.

Sobre a proposta de aposentação, a ANPB/SNBP referiu que não concorda com a reforma aos 60 anos para os bombeiros, nem com as novas regras que o Governo quer impor ao propor que sejam colocados em trabalhos administrativos nas corporações aos 55 anos.

A ANPB/SNBP propôs ao secretário de Estado que os bombeiros passem à pré-reforma aos 55 anos, como acontece com as forças de segurança.

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