A Câmara Municipal de Loures anunciou esta terça-feira que as obras para minimizar os efeitos das cheias na cidade de Sacavém devem iniciar-se em maio, para estarem concluídas no final de 2020, representando um investimento de 11,5 milhões.

O ato de consignação da obra foi assinado ao início desta tarde, depois de quase um ano para resolver o “litígio judicial” entre as empresas que concorreram para a realização desta empreitada.

Em causa está uma intervenção que decorrerá em Sacavém, na parte oriental do concelho de Loures, no distrito de Lisboa, e que pretende minimizar os efeitos das cheias, que todos os anos afetam a zona baixa desta cidade.

As obras têm uma duração prevista de 18 meses e representam um custo total de cerca de 11,5 milhões de euros, sendo que 85% desse valor será comparticipado por fundos europeus, ao abrigo do programa POSEUR (Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos).

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Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares (CDU), sublinhou a importância desta obra para a resolução de “um problema que afeta Sacavém há muitas décadas”, mas reconheceu que irão existir “vários constrangimentos”.

“Sabemos que a obra irá causar muitos constrangimentos, nomeadamente ao nível da circulação rodoviária e, por isso, iremos lançar uma intensa campanha de informação à população. Temos, inclusive, um espaço próprio onde as pessoas se podem dirigir para conhecer o projeto e esclarecer dúvidas”, apontou o autarca.

A obra, que será executada por etapas, prevê, essencialmente, uma intervenção de regularização da ribeira do Prior Velho e a substituição do caneiro de Sacavém (estrutura que drena as águas para o rio Trancão).

Na zona baixa de Sacavém será ainda construída uma estação elevatória, que terá como função “bombear o caudal para o rio Trancão).

A Praça da República, a zona mais afetada pelas cheias na cidade de Sacavém, será também alvo de uma pequena intervenção, não estando, contudo, previsto, na primeira fase deste projeto, uma “requalificação profunda” daquele espaço.

Bernardino Soares adiantou ainda que, na quarta-feira, será levada a reunião de Câmara uma proposta de protocolo com o Montepio, proprietário do antigo Quartel de Sacavém, para que aquele espaço possa servir, provisoriamente, de parque de estacionamento.

O autarca adiantou, ainda, que o protocolo prevê também que possa ser instalado naquele espaço monoblocos para acolher os alunos da escola básica nº3 de Sacavém, que também será alvo de uma intervenção.