A ministra da Cultura, Graça Fonseca, disse este sábado, 27 de abril, que espera que o Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, em Peniche, abra em 2020, permitindo que nunca se apague a memória dos presos políticos que estiveram na fortaleza. “O futuro Museu da Resistência e da Liberdade dá aqui hoje os seus primeiros passos”, afirmou Graça Fonseca na Fortaleza de Peniche, onde presidiu à inauguração de um Memorial aos Presos Políticos.

O monumento tem inscritos os nomes dos 2.510 presos políticos que entre 1934 e 1974 passaram pela Fortaleza, que a ministra lembrou ter sido “símbolo de uma violência que ainda crava fundo na memória de muitos”. “Há 45 anos que se esperava que este lugar tivesse o devido destaque”, sublinhou Graça Fonseca, aludindo à importância do futuro Museu Nacional da Resistência e da Liberdade na “memória futura”.

Por isso, o monumento que hoje inaugurou “é um processo em continua construção, como contínua é a defesa da liberdade e dos valores” de abril, vincou, afirmando esperar que a memória da resistência e da luta pela liberdade possa ser visitada “em 2020”, no futuro museu, com conclusão prevista para o final do próximo ano.

Graça Fonseca discursava após Domingos Abrantes, histórico dirigente do PCP e um dos resistentes que cumpriu pena naquela cadeia política, ter classificado a preservação das instalações como “uma vitória da liberdade” e um símbolo da “luta corajosa de gente de inabalável confiança na conquista da liberdade”.

A inauguração do memorial e da exposição “Por Teu Livre Pensamento” foi marcada por um espetáculo musical, assinalando os 45 anos sobre a libertação dos presos políticos, que ocorreu a 27 de abril de 1974. Marcou ainda o arranque da futura instituição museológica que terá um custo estimado de 3,5 milhões de euros e deverá contar com 40 trabalhadores.

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