O M1 foi um desportivo que deixava qualquer um, que gostasse de automóveis com raça, a salivar. Elegante e agressivo, estava equipado com um motor 3.5 de seis cilindros em linha, que debitava 277 cv, potência que lhe permitia atingir 260 km/h. A caixa era uma ZF de cinco velocidades, o diferencial traseiro possuía autoblocante e o chassi essencialmente era tubular em aço, o que lhe permitia ser leve e fácil de ser construído à mão de forma artesanal.

A versão de estrada do BMW M1 apenas viu serem fabricadas 400 unidades, com as restantes 53 a serem destinadas à versão de competição, que animou o campeonato Procar, partilhando com a Fórmula 1 os fins-de-semana de prova, com alguns dos pilotos da disciplina máxima do desporto automóvel a disputar uma série de corridas aos comandos dos M1.

Os M1 da Procar eram mais largos – 28 cm à frente e 32 cm atrás –, sendo igualmente mais leves (apenas 1020 kg) por serem desprovidos de todos os elementos de conforto, enquanto o motor atmosférico via a potência aumentar para 470 cv. Isto tornava possível ao BMW atingir 311 km/h e ir de 0-100 km/h em apenas 4,3 segundos, num carro que ultrapassava em pouco o equivalente a cerca de 55.000€.

Ao volante destes BMW na série Procar estiveram pilotos como Niki Lauda, Nelson Piquet, Jaques Laffite, Hans Stuck, Clay Regazzoni, Didier Pironi, Alan Jones, Jan Lammers, Jean-Pierre Jarier, Elio de Angelis e Carlos Reutmann, Emerson Fittipaldi e Alain Prost, entre muitos outros.

A Procar terminou em 1980, depois de Lauda se ter sagrado vencedor em 79 e Piquet no ano seguinte, mas os imponentes BMW M1 Procar vão regressar ao activo e já no circuito de Norisring, próximo de Nuremberga, a disputar entre 5 e 7 de Julho. Vão ser 14 os M1 Procar que vão estar em pista, partilhando a atenção do público com o DTM, o campeonato alemão de carros de turismo. Resta saber quem se sentará ao volante, sendo que a ordem deverá ser “tentar ganhar, mas sem comprometer excessivamente a estética dos belos M1”.

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