Agora com sinal reforçado em Lisboa 98.7 FM No Porto 98.4 FM País / CGTP Seguir 1.ºMaio: Arménio Carlos e mais sete dirigentes da CGTP sobem ao palco pela última vez Arménio Carlos e outros sete dirigentes deixam a direção do CGTP em 2020 e sobem ao palco do 1.º de Maio pela última vez. A revisão da legislação laboral será um dos temas a abordar. Agência Lusa Texto 30 Abr 2019, 10:51 i ▲"Vai ser um Dia do Trabalhador especial, mas não diferente. Quando entrámos para o movimento sindical foi para deixar o nosso contributo para o bem dos trabalhadores. Estamos aqui para servir e não para nos servirmos", disse Arménio Carlo JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA ▲"Vai ser um Dia do Trabalhador especial, mas não diferente. Quando entrámos para o movimento sindical foi para deixar o nosso contributo para o bem dos trabalhadores. Estamos aqui para servir e não para nos servirmos", disse Arménio Carlo JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, e outros sete dirigentes sobem na quarta-feira pela última vez ao palco do 1.º de Maio, em Lisboa, porque deixam a direção em janeiro de 2020, por limite de idade.Arménio Carlos, Deolinda Machado, Ana Avoila, Carlos Trindade, Augusto Praça, João Torres, Graciete Cruz e Fernando Jorge Fernandes deixam a comissão executiva da Intersindical no próximo congresso da central sindical, que se realiza em janeiro de 2020, porque já não podem cumprir outro mandato. É que a CGTP tem um limite de idade para o acesso aos corpos sociais da central. Ou seja, os sindicalistas não se podem candidatar a um novo mandato quando têm a perspetiva de atingir a idade de reforma nos quatro anos seguintes.O secretário-geral da Inter completará 64 anos em junho e termina o último mandato no final de janeiro do próximo ano.Por isso, vai discursar pela última vez no palco junto à Fonte Luminosa, na Alameda Afonso Henriques, perante os milhares de trabalhadores que participam na manifestação da CGTP, mas não valoriza muito o facto. “Vai ser um Dia do Trabalhador especial, mas não diferente. Quando entrámos para o movimento sindical foi para deixar o nosso contributo para o bem dos trabalhadores. Estamos aqui para servir e não para nos servirmos”, disse Arménio Carlos à agência Lusa.O sindicalista assegurou que irá participar neste 1.º de Maio com a mesma confiança e tranquilidade com que subiu ao palco há sete anos, após ter sido eleito secretário-geral da Intersindical.Neste seu último discurso do Dia do Trabalhador, Arménio Carlos vai tentar passar a mensagem aos trabalhadores de que eles têm “o direito de exigir que se cumpram os seus direitos”. “Ao contrário do que temos assistido nos últimos anos, com os trabalhadores a produzir riqueza, mas sem respeito relativamente à distribuição da mesma”, disse.Segundo o sindicalista, o aumento dos salários em geral, e do salário mínimo em particular, “vai ser uma das reivindicações mais assumidas pela CGTP, neste 1.º de Maio”.“Um dos elementos fundamentais para o futuro é o aumento geral dos salários, (…) pois o aumento do poder de compra das famílias torna-se fundamental para o desenvolvimento da sociedade e do próprio país”, afirmou.A revisão da legislação laboral será outro dos temas abordar por Arménio Carlos.“Não nos resignaremos a uma legislação do trabalho que acentue as desigualdades e a pobreza laboral”, afirmou o líder da CGTP, criticando o Governo por não aproveitar a conjuntura política para melhorar as leis do trabalho.Arménio Carlos irá ainda, em nome da CGTP, defender o combate à precariedade laboral e à desregulação dos horários de trabalho.“É preciso regular os horários de trabalho, e nós vamos mais longe. Desde já [defendemos] que se comece a pensar na redução dos horários para as 35 horas semanais, sem qualquer redução salarial”, defendeu.