O Fundo Petrolífero de Timor-Leste valia 16,98 mil milhões de dólares (15,1 mil milhões de euros) no final de março, mais 1,18 mil milhões de dólares que no final de 2018, informou esta quinta-feira o Banco Central de Timor-Leste.

Segundo o relatório trimestral divulgado esta quinta-feira pelo Banco Central de Timor-Leste (BCTL), esse saldo não tem em conta o levantamento de 650 milhões de dólares para a compra da participação da ConocoPhillips e da Shell no consórcio do Greater Sunrise, que foi iniciada em março, mas só foi concretiza em abril.

Em concreto, o relatório divulgado mostra que durante os primeiros três meses do ano o fundo registou entradas brutas de capital de 240,27 milhões de dólares, incluindo 99,32 milhões de dólares de contribuições e 140,97 milhões de dólares referentes a royalties provenientes da Autoridade Nacional do Petróleo e Minerais (ANMP).

No mesmo período, o rendimento dos investimentos do Fundo foi de 941.95 milhões de dólares, dos quais 101,35 milhões de dólares corresponderam a dividendos e juros e 848.72 milhões dólares devido às alterações do valor de mercados.

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O resultado, que inclui ainda uma perda de cerca de oito milhões de dólares devido a flutuações cambiais, representou um retorno de 5,9 por centro na carteira do fundo, em linha com o benchmark para o mesmo período, fixado em 5,95 por cento.

O relatório refere que não houve qualquer transferência de fundos para o Orçamento Geral do Estado nos primeiros três meses do ano e que a única saída de dinheiro correspondeu a quatro milhões de dólares a gestão operacional do próprio fundo.

Como referido, de fora deste trimestre ficou a operação de compra da participação maioritária no Greater Sunrise.

O BCTL explica que recebeu instruções da ministra interina das Finanças em março para realizar as transferências para a Timor Gap, através das suas subsidiárias, tendo a transferência ocorrido a 10 de abril.

Essa operação estará detalhada no próximo relatório trimestral.