O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, negou esta quinta-feira perante um tribunal de Londres o consentimento para ser extraditado para os EUA, onde é acusado de crimes por divulgação ilegal de informações através do seu portal.

O processo do pedido de extradição de Julian Assage iniciou-se após este ter sido condenado, na quarta-feira, por um outro tribunal britânico, a 50 semanas de prisão, por ter violado as condições de liberdade condicional a que estava sujeito desde 2012.

“Não quero entregar-me para ser extraditado (para os EUA) por ter feito jornalismo que obteve vários prémios e protegeu muitas pessoas”, justificou Assange, num comunicado.

Um juiz britânico reconheceu que o processo de extradição de Assange para os EUA pode levar “vários meses”, tendo sido marcadas novas audiências deste caso para dias 30 de maio e 12 de junho.

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O fundador do WikiLeaks está sob custódia das autoridades britânicas, após ter sido detido em 11 de abril e ter rejeitado pagar uma fiança.

Desde 2012 e até 11 de abril passado, Assange esteve refugiado na embaixada do Equador em Londres.

Nos EUA, Assange é acusado de conspirar com o antigo soldado americano Chelsea Manning para piratear um computador do Pentágono, de forma a revelar informações comprometedoras sobre a atividade das Forças Armadas norte-americanas, nomeadamente sobre um ataque aéreo em Bagdade, no Iraque, em 2007.