O Governo admite que os paióis de Tancos venham, no futuro, voltar a armazenar armamento e material militar, mas será necessário “muito investimento”, afirmou esta quinta-feira o ministro da Defesa Nacional.

“Acredito que [Tancos] venha a ser usado no futuro, mas com o investimento necessário para ter as condições que hoje não tem”, afirmou João Gomes Cravinho, numa audição na comissão parlamentar de inquérito ao furto de Tancos.

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Questionado por António Carlos Monteiro, do CDS-PP, sobre as “lições aprendidas” com o furto, o ministro deu garantias de que os três paióis onde foi colocado o material (Marco do Grilo, Alcochete e Santa Margarida) têm “toda a segurança que é necessária”.

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João Gomes Cravinho explicou ainda que a utilização futura dos paióis de Tancos, que à data do furto, em junho de 2017, “não tinha condições para armazenar” o armamento, não é da competência exclusiva do Ministério e que “é uma questão funcional para o Exército”. “Vai ser necessário muito trabalho e muito investimento”, afirmou ainda.

O furto de material de guerra foi divulgado pelo Exército em 29 de junho de 2017. Quatro meses depois, a PJM revelou o aparecimento do material furtado, na região da Chamusca, a 20 quilómetros de Tancos, em colaboração de elementos do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé.

Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.

A comissão de inquérito para apurar as responsabilidades políticas no furto de material militar em Tancos, pedida pelo CDS-PP, vai decorrer até junho de 2019, depois de o parlamento prolongar os trabalhos por mais 90 dias.