O Ministério Público (MP) da Comarca de Évora está a investigar o caso de uma bebé de 20 meses, que morreu na passada terça-feira poucas horas depois de ter tido alta do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), na sequência de uma paragem cardiorrespiratória.

A bebé de um ano e oito meses, natural de Portel, deu entrada no centro de saúde desta vila, no distrito de Évora, na segunda-feira, com insuficiência cardíaca, escreve o Correio da Manhã. A criança foi depois transferida para o HESE onde deu entrada por volta das 20h00 com sintomas de laringite, informou o hospital depois de questionado pelo Observador. Dada a gravidade do seu estado de saúde, acabou por ficar internada durante a noite. No manhã do dia seguinte, a bebé teve alta por apresentar uma “franca melhoria do seu quadro clínico”, explicou ainda o hospital de Évora.

Horas mais tarde naquele dia, a bebé de 20 meses acabaria por entrar em paragem cardiorrespiratória, levando os pais a chamar uma ambulância, por volta das 11h00. A criança deu entrada no serviço de urgência do hospital onde tinha estado horas antes, com “um quadro de paragem cardiorrespiratória”, esclarece o HESE.

Foi assistida pelas equipas de profissionais do SUP (Serviço de Urgência Pediátrica) e de Urgência Geral, que realizaram todas as manobras de reanimação, sem sucesso”, disse ainda o HESE.

Sem sucesso, o óbito da bebé viria a ser declarado no local. Na nota, o hospital defende que, “aparentemente, os dois episódios de urgência não estarão relacionados”, mas remete para os resultados da autópsia que “esclarecerão a causa de morte”. O HESE manifestou o seu “pesar junto dos pais e dos outros familiares”.

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O HESE prestou assistência psicológica aos pais, após o sucedido, e serão acompanhados sempre que necessitarem e assim o entenderem”, diz o hospital.

O MP da Comarca de Évora adiantou ao Observador que serão desenvolvidas “todas as diligências de investigação com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreu a morte, incluindo a realização de autópsia médico-legal”. “Em caso de morte por causa ignorada ou desconhecida, em regra, procede-se à realização de autópsia médico-legal, sendo que esta tem lugar no âmbito de inquérito”, apontou ainda.

[Atualizado às 15h53 de 6 de maio com a resposta do Ministério Público da Comarca de Évora ao Observador]