O antigo líder da UNITA e da  Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), Abel Chivukuvuku, foi transferido para a África do Sul, diagnosticado com malária, para melhor recuperação, divulgou fonte próxima do político.

Segundo uma nota informativa da direção provisória de Coordenação Geral dos Independentes, Abel Chivukuvuku ficou doente no dia 23 de abril, tendo sido visitado pelo Presidente angolano, João Lourenço, enquanto esteve internado numa das clínicas na capital angolana.

A nota refere que a recuperação durante estes dias foi “positiva e tranquilizadora”, contudo, a direção da clínica, em consenso com a família, decidiu-se, na quinta-feira, pela sua transferência para a África do Sul.

A direção provisória de Coordenação Geral dos Independentes, movimento criado pelo líder político após a cisão na CASA-CE, agradece o apoio prestado pelas instituições sanitárias angolanas, que atenderam Abel Chivukuvuku e o chefe de Estado angolano, pelo apoio institucional do Estado, e todas as outras entidades da sociedade.

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Aos seus membros, a direção provisória de Coordenação geral dos Independentes apelou à “serenidade, firmeza e determinação” na prossecução dos seus propósitos pelo país.

Abel Chivukuvuvuku foi destituído da presidência da CASA-CE, em fevereiro passado, por cinco dos seis partidos que integram a coligação, tendo nomeado em sua substituição André Mendes de Carvalho “Miau”, na altura um dos vice-presidentes da organização política.

Em causa está a divisão entre membros dos partidos que constituem a coligação e militantes independentes, que, segundo Abel Chivukuvuku, em declarações à agência Lusa, em fevereiro, foram afastados.

“Primeiro foram quase todos os independentes dos órgãos, depois foram os secretários provinciais e eu fui o último que querem afastar”, referiu o político, na altura.

Segundo Abel Chivukuvuku, esta crise interna já se arrastava há alguns anos.

Em conferência de imprensa para anunciar a destituição do cargo de Abel Chivukuvuku, representantes dos cinco partidos da coligação alegaram “quebra de confiança”, salientando que a coligação, criada em 2012 e liderada por Abel Chivukuvuku até fevereiro, durante seis anos vivenciou momentos altos e baixos, marcada pela tentativa de transformação da coligação em partido.

Apesar da situação, Abel Chivukuvuku garantiu a sua participação nas primeiras eleições autárquicas, em 2020, e nas gerais de 2022.