A Audi está apostada nos veículos eléctricos, tal como as restantes marcas do Grupo Volkswagen. E a prova está no e-tron, recentemente lançado, e também no Q4 e-tron, mais pequeno mas com muito mais potencial. Em ambos os casos, trata-se de modelos eléctricos, alimentados por bateria. Porém, a Audi não desistiu da outra forma de alimentar um veículo eléctrico, ou seja, através de uma célula de combustível a hidrogénio (fuel cell).

À semelhança da Toyota e de outros construtores, a marca dos quatro anéis integra a Sociedade de Hidrogénio, uma espécie de lobby (neste caso, no bom sentido) destinado a divulgar a utilização das células de combustível, uma vez que nunca existirá uma rede de distribuição e de produção de hidrogénio pan-europeia sem que os fabricantes alemães estejam envolvidos, bem como os franceses, ingleses, italianos e espanhóis.

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O novo CEO da Audi, Bram Schot – que já acusou a Porsche de ter feito um trabalho menos bom com a plataforma que os topo de gama do Grupo Volkswagen iriam usar – revelou à Autocar que a sua marca está a desenvolver uma solução com células de combustível a hidrogénio para motorizar uma nova gama de veículos eléctricos. Isto apesar de Schot admitir que ainda faltam uns anos até estar disponível.

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Significa isto que a Audi vai retomar o programa h-tron, que surgiu inicialmente em 2016, mas que entretanto foi subalternizado pela aposta do Grupo Volkswagen nas baterias como forma de alimentar os motores eléctricos.

Para a Audi, esta aposta no hidrogénio, a decorrer paralelamente com as baterias, significa uma maior “protecção” face à possível falta de baterias para produzir a quantidade prevista de veículos eléctricos alimentados por acumuladores.

De recordar que o construtor de Ingolstadt anunciou em Junho de 2018 uma parceria com a Hyundai, para troca de patentes de fuel cells, o que indicia que se os veículos eléctricos são o futuro, a energia não será necessariamente extraída de um acumulador.