A Magneti Marelli, fundada em 1919 e especializada inicialmente na produção de magnetos para a indústria automóvel e aeronáutica, que posteriormente evoluiu para um dos mais conceituados fornecedores de equipamento electrónico para a indústria automóvel, tendo equipado durante anos os motores utilizados na F1, Mundial de Ralis e motociclismo, foi vendida à empresa japonesa Calsonic Kansei. O negócio envolveu um pagamento à Fiat Chrysler Automobiles (FCA) de 5,8 mil milhões de euros, o que permitiu ao grupo italo-americano distribuir cerca de 2 mil milhões pelos accionistas, a 1,30€ por acção.

Não foi uma decisão fácil separar a Fiat da Magneti Marelli, juntas desde a fundação desta última, mas o facto de a Magneti Marelli pertencer à FCA acabava por limitar o acesso das diferentes marcas do grupo às melhores soluções disponíveis no mercado para os seus veículos – um problema, sobretudo numa altura em que se aproximam os veículos eléctricos e a conectividade, lançando uma nova série de desafios.

A venda da Magneti Marelli é o reconhecimento do valor da empresa pelo mercado, o que por outro lado nos permite reforçar a nossa situação financeira e distribuir dividendos pelos nossos accionistas, enquanto nos concentramos em novos veículos”, salientou o CEO da FCA, Mike Manley.

A Calsonic Kansei resulta, ela própria, da fusão entre uma empresa de ar condicionado, a Calsonic, e a Kansei, especialista em instrumentação automóvel. Apesar de ser considerada japonesa, a Calsonic Kansei pertence ao fundo privado americano Kolhberg Kravis Roberts, que adquiriu os 41,7% que a Nissan detinha em 2016, tendo passado a controlar a totalidade a partir do início de 2017. Com 60 fábricas em todo o mundo, a Calsonic Kansei quase que duplica o seu volume de negócios com a compra da Magneti Marelli.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR