O lago Baikal é um caso único no planeta. É o maior e o mais antigo do mundo, com mais de 25 milhões de anos e onde o Observador já teve a ocasião de rodar no início de 2018. É tão grande que contém 25% das reservas de água doce da Terra, não somente por ter ter 630 km de comprimento ou 80 km de largura, mas pelo facto de ser extremamente profundo, com um máximo 1.642 metros. E, mesmo aqui, os especialistas afirmam que tem uma camada com mais de 7 km de sedimentos.

A particularidade de Baikal é a sua água extremamente pura, tanto que o gelo é transparente, parecendo negro pois permite ver o mais de 1 km de água que o separa do fundo. Além de “negro”, o facto de ter poucas impurezas faz da água deste reservatório natural um gelo extremamente duro, logo o ideal para obter recordes de velocidade, pois a um gelo mais duro corresponde menos atrito.

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Foi exactamente este o motivo que levou a Jeep a submeter o seu Grand Cherokee a um teste no lago russo, a uma curta distância da Mongólia. A versão do Grand Cherokee escolhida foi a Trackhawk, que assim se deslocou ao Sul da Sibéria, para os Speed Days no Baikal Ice Motor Sports Festival. E o objectivo era atingir a maior velocidade possível na recta com 12 km de extensão.

Para atingir o recorde, uma série de equipamento desnecessário foi retirado, sem que o fabricante americano da Fiat Chrysler Automobiles tenha especificado qual, muito provavelmente os bancos posteriores, pneu sobressalente e tudo o mais que pudesse economizar no peso total.

Extraindo todo o potencial do V8 com compressor volumétrico, bem como dos 710 cv, o Jeep atingiu 280 km/h, de acordo com o GPS, com uma velocidade média durante um quilómetro de 257 km/h. O mais curioso é que o Grand Cherokee Trackhawk tem como velocidade máxima homologada em asfalto 290 km/h.