A secretária-geral do secretariado permanente do Fórum de Macau, Xu Yingzhen, destacou esta segunda-feira a necessidade de aprofundar a cooperação nas áreas do turismo, convenções e exposições entre os países de língua portuguesa com a China e Macau.

Desde 23 de abril, delegações dos oito países lusófonos estiveram reunidas em Macau para participar no “Colóquio sobre Turismo, Convenções e Exposições para os Países de Língua Portuguesa”, organizado pelo Fórum de Macau.

Xu Yingzhen, no discurso de encerramento do colóquio, enfatizou que as delegações puderam “conhecer mais profundamente o desenvolvimento nas áreas de turismo, convenções e exposições no interior da China e de Macau depois deste colóquio”.

O objetivo principal “é o reforço do intercâmbio de cooperação na área do turismo, convenções e exposições”, disse a secretária-geral, destacando que Macau, que em 2018 acolheu 35,8 milhões de visitantes e com vários ‘resorts’ de luxo, com “as suas caraterísticas multiculturais e diversidade linguística possui vantagens singulares [para a construção] de um centro mundial de turismo e de lazer”.

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Três dos pontos destacados pelos representantes lusófonos foi o reforço do intercâmbio entre as universidades, a concretização de planos ao nível da formação e as oportunidades para os países de língua portuguesa com a criação do “megamercado” da Grande Baía, uma metrópole mundial que junta nove cidades chinesas, Macau e Hong Kong, com cerca de 70 milhões de habitantes.

Outro dos destaques das duas semanas da estadia dos representantes lusófonos foi a sessão de apresentação dos produtos turísticos dos países de língua portuguesa, que decorreu na 7.ª Expo Internacional de Turismo de Macau.

Este ano, o evento contou com 835 expositores, com todos os países lusófonos presentes, e com o dobro da área de exposição de 2018, atingindo os 22.000 metros quadrados.

Em 26 de abril, cada um dos oito países lusófonos teve a oportunidade de realizar uma apresentação sobre as mais-valias turísticas que os países têm para oferecer.

“É de saudar o esforço de diversos profissionais altamente qualificadas para criarem mais-valias na transmissão dos conhecimentos apreendidos, nas temáticas discutidas nos diversos colóquios proporcionados pelo Fórum [Macau]”, afirmou a diretora-geral do Artesanato do Ministério de Comércio, Turismo e Artesanato da Guiné-Bissau.

Catarina Taborda, que foi a representante rotativa do colóquio, enfatizou que a cooperação entre a China e os países de língua portuguesa “está cada vez mais aprofundada”.

“Somos aproximadamente 230 milhões de falantes de língua portuguesa espalhados em nove países de quatro continentes, certos de que juntos iremos continuar a fortalecer as nossas ligações”, frisou a responsável guineense.

Em relação ao colóquio, Catarina Taborda frisou ainda esperar, num futuro próximo ver mais participantes oriundos dos nossos países e pelo menos um membro de cada delegação anterior de forma a dar continuidade aos projetos em desenvolvimento”.

“O Fórum de Macau está sempre disponível para vos receber”, sublinhou Xu Yingzhen, fazendo votos para que “os participantes possam continuar a apoiar o trabalho do Fórum de Macau e aproveitar a plataforma de Macau”.