Elemento constante ao longo da história da humanidade, a música é, além de um precioso veículo sociocultural, um importante e poderoso aliado da saúde e desenvolvimento da espécie. Segundo um trabalho divulgado pela Harvard Medical School, esses benefícios divergem entre o desenvolvimento cerebral e a capacidade de memória, a gestão do stresse e ansiedade, uma maior eficiência da coordenação dos movimentos musculares e ritmo cardíaco, ou até mesmo na mais rápida recuperação de quadros depressivos. O único cuidado que se recomenda é que a audição seja feita no volume adequado, evitando assim o risco de surdez, um problema que, segundo a Organização Mundial da Saúde, afeta cerca de metade das pessoas entre os 12 e os 35 anos.

Aliado dos sentidos

Um dos maiores impactos positivos da música é a nível cognitivo, pois os sons que invadem o cérebro têm o condão de alargar os seus horizontes, proporcionando novas experiências. Entre essas abordagens está o desenvolvimento de formas de expressão, a evolução da capacidade auditiva, associar sons a sentimentos (positivos), melhorar a coordenação rítmica ou transformar sons em veículos para novas formas de linguagem.

4 perguntas a Laura Azená

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Como é que uma futura gestora decide dedicar-se à música?
Tenho um grande gosto pela área de Gestão e gostava de, no futuro, trabalhar em vários países, com uma diversidade cultural ao nível empresarial. Mas a verdade é que quando estou em estúdio, em palco ou assisto a um bom concerto, a magia da música supera todo esse interesse, pelo que gostaria muito de ter uma carreira sólida no panorama musical português.

O seu segundo álbum, Pago para Ver, surge 2 anos após a estreia com Kill Them With Kindness. Quais as principais diferenças entre estes dois trabalhos?
O Kill Them With Kindness é um álbum de música soul, jazz, funk, com fortes influências dos anos 1940 a 1980, combinados com um swing mais moderno. Já o Pago para Ver é um disco mais teen e fresco, que revela tanto uma Laura mais divertida e jovem, como, à semelhança do disco anterior, um forte lado ousado e intimista. Creio que o álbum Pago para Ver, com um perfil pop, R&B e soul, foi construído a pensar num público-alvo mais jovem, pelo que as letras são mais diretas e imediatas. Mas, no fundo, completam-se, o que, em concerto, resulta num espetáculo super diversificado, um concerto para toda a família: sendo que os adultos se podem identificar mais com o 1.º disco, os graúdos com o 2.º…

No próximo dia 15 de maio, vai apresentar o novo álbum no Capitólio, em Lisboa. O que podem os fãs esperar desse espetáculo?
Vai ser um concerto que juntará o lado divertido e colorido da pop, com o calor da soul e uma forte componente de R&B e cabaret. O palco terá muitos jogos de luz, muita dança, além de alguns momentos inesperados que estou a preparar. O Damz, rapper que participa no single de estreia Tudo Acabou, vai também estar presente, bem como um coro gospel.

Além desse concerto, que planos tem para 2019? 
Estamos a preparar a agenda que, assim que confirmada, será apresentada na minha página de Facebook. A ideia é arrancar com uma tour nacional de promoção do disco no início do verão. Fiquem atentos.

Especialmente, entre a comunidade invisual, pessoas que, por natureza, têm uma acuidade auditiva mais apurada e vivem a música de forma especial, sendo a prova que essa forma de expressão é um dos mais poderosos veículos de comunicação.

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Uma experiência focada nos sons

E é essa relação intima entre a música e os sentidos que Laura Azená, uma das vozes emergentes do panorama musical nacional, cuja sonoridade navega entre o jazz, a soul e, mais recentemente, a pop mais direta e dançável, vai explorar no concerto de apresentação de Pago para Ver [bilhetes à venda na Blueticket], o seu segundo álbum e que terá honras de apresentação no palco do Capitólio, em Lisboa, a 15 de maio. A exploração desse conceito levou Laura a idealizar um espetáculo singular cujo início será realizado com a sala às escuras, de forma a focar toda a atenção na música. Para a autora de Tudo Acabou — primeira amostra retirada do já referido segundo longa duração —, o objetivo é “abstrairmo-nos do que nos rodeia, apreciando a música, focando-nos apenas no nosso sentido da audição”. Com isto, “pretende-se que o público tenha a perceção de como as pessoas com deficiência visual ouvem e sentem a música, tanto que estarão presentes alguns invisuais no concerto e teremos uma especialista em audiodescrição para que esses entendam todo o movimento que acontece em palco”, revela.

Poder, no feminino

A música sempre esteve no seu ADN, mas foi só depois de ter concluído o curso de Gestão, no ISCTE, que lançou o primeiro álbum: um disco cheio de energia e pejado de pormenores soul, jazz e funk. O aguardado segundo disco chega a 15 de maio, e Laura garante que é (mais) um trabalho cheio de garra, “com uma música positiva, arrojada, sensual e uma forte componente girl power”. Quanto às principais influências de Pago para Ver, a cantora refere que os nomes que mais a inspiraram foram “The Weeknd, Bruno Mars, Ariana Grande, Jessie J, entre outros”. Para o conferir, basta rumar ao Capitólio, em Lisboa, dia 15 de maio.