Pelo menos nove civis morreram e várias casas foram pilhadas e queimadas em ataques separados no nordeste da Nigéria atribuídos, pelas autoridades, ao grupo jihadista Boko Haram.

Seis pessoas foram mortas e dezenas de casas incendiadas, de acordo com as mesmas fontes, citadas pelas agências noticiosas internacionais. As seis vítimas foram baleadas, cerca de 40 casas foram queimadas e pilhadas, precisou o responsável local encarregado dos serviços de emergência, Usman Kyari.

Segundo as autoridades nigerianas, os assaltantes chegaram em camiões, tendo atacado a localidade de Molai, na madrugada de terça-feira, quando os habitantes se preparavam para quebrar o jejum do Ramadão.

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A fação do Boko Haram leal a Abubakar Shekau visa habitualmente alvos civis como mesquitas, mercados, escolas ou campos de deslocados, enquanto a fação filiada na organização Estado Islâmico ataca sobretudo objetivos militares. Molai, que se situa a Maiduguri, capital do estado de Borno, é alvo frequente deste tipo de ataques.

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Um membro de uma milícia paramilitar que combate ao lado das Forças Armadas nigerianas adiantou que os atacantes eram demasiado numerosos e estavam fortemente armados. “Retiramos da localidade”, explicou, adiantando que mais tarde a zona foi bombardeada pela aviação nigeriana levando os jihadistas a fugirem.

Num outro ataque, também na terça-feira, dois elementos do Boko Haram mataram três fazendeiros junto da localidade de Konduga, a 38 quilómetros de Maiduguri, segundo o chefe da milícia, Ibrahim Liman. “Os assaltantes cortaram a garganta e estriparam os fazendeiros”, disse.

Fazendeiros e pastores são frequentemente atacados pelos movimentos jihadistas, que os acusam de colaborar com as Forças Armadas.

O Boko Haram quer estabelecer um Estado islâmico no nordeste da Nigéria, tendo alargado as suas atividades aos vizinhos Níger, Chade e Camarões.

O conflito com as Forças Armadas nigerianas, que dura desde 2009, causou já mais de 27 mil mortos e 1,8 milhões de deslocados.