A Casa Branca confirmou esta quinta-feira que Donald Trump vai nomear oficialmente Patrick Shanahan como secretário da Defesa dos Estados Unidos, depois de este ter assumido o cargo interinamente, após a saída de Jim Mattis em dezembro do ano passado. “Com base no seu serviço extraordinário ao país e a sua habilidade demonstrada para liderar, o Presidente Trump pretende nomear Patrick M.Shanahan para seu secretário da Defesa“, lê-se numa nota publicada na conta do Twitter de Sarah Sanders, assessora da Casa Branca.

Patrick Shanahan tem um percurso semelhante ao do seu antecessor: ambos são do estado de Washington e trabalharam durante vários anos para a Boeing. Fontes da Casa Branca revelaram ao New York Times que Trump gosta bastante de Shanahan, em parte porque ele apoia o Presidente na ideia de que os sistemas da Defesa atuais são muito caros.

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O anúncio desta nomeação oficial surge depois de ter sido levada a cabo uma investigação interna de ética no Pentágono, que concluiu que Shanahan não agiu de forma imprópria nas reuniões oficiais, sendo ilibado das acusações de que estaria a promover a empresa onde esteve durante 30 anos, a Boeing, e a desacreditar as empresas concorrentes.

O novo líder do Pentágono, de 56 anos, foi desde o início do mandato de Donald Trump, em 2017, o vice-secretário da Defesa. Foi também um dos grandes apoiantes da ideia da construção do muro ao longo da fronteira mexicana com os EUA, bem como da implementação das tropas norte-americanas naquele local. “O secretário interino demonstrou nos últimos meses que é mais do que qualificado para liderar o Departamento de Defesa, e continuará a fazer um excelente trabalho”, acrescenta a nota enviada pela Casa Branca.

Depois do comunicado da nomeação, Shanahan disse no Twitter estar “honrado” por ser escolhido como secretário da Defesa. “Se for confirmado pelo Senado, vou continuar a implementação agressiva da nossa estratégia de defesa nacional”, sublinhou, acrescentando que continua “comprometido com a modernização das forças armadas” para que os soldados, marinheiros, aviadores e fuzileiros navais tenham tudo o que precisam para manter o “exército letal e o país seguros”.

O general Jim Mattis, recorde-se, apresentou a demissão do cargo de secretário da Defesa no dia 20 de dezembro, pouco depois de Trump anunciar, de forma inesperada, a retirada das tropas norte-americanas da Síria. A saída de Mattis foi acompanhada pela demissão do enviado especial dos Estados Unidos para a luta contra o autodenominado Estado Islâmico, Brett McGurk. Na carta de demissão, Mattis agradeceu a oportunidade de servir o país como secretário da Defesa, mas confirmou desacordos políticos com o Presidente.

Trump antecipa saída de Jim Mattis e nomeia Patrick Shanahan como secretário da Defesa interino