As empresas da região centro de Moçambique somaram danos de cerca de 145 milhões de dólares (129 milhões de euros) devido aos efeitos da passagem do ciclone Idai em março, referiu esta quinta-feira a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA).

Segundo o diretor-executivo da CTA, Eduardo Sengo, os danos ao tecido empresarial da região centro de Moçambique incluem a destruição de infraestruturas, equipamentos e mercadorias.

“As empresas dessa região têm de suportar dois tipos de danos: os diretos, que são as infraestruturas, equipamentos e mercadorias, e os indiretos, que têm a ver com os fluxos financeiros que cessaram devido à paralisação da atividade económica”, declarou Eduardo Sengo, falando na conferência “Conjuntura atual e perspetivas económicas 2019”.

A indústria é o setor que mais foi atingido pelo ciclone, com prejuízos de cerca de 36 milhões de dólares (32 milhões de euros), seguida do agronegócio, com cerca de 30 milhões de dólares (26,7 milhões de euros), e do comércio, com cerca de 29 milhões (25,8 milhões de euros).

A construção, prestação de serviços, hotelaria e restauração, avicultura, pescas, panificação também sofreram os efeitos do Idai, acrescentou. O ciclone, prosseguiu, tirou 12 mil postos de trabalho só nas grandes empresas.

Moçambique foi assolado por dois ciclones em menos de duas semanas, entre março e abril, o Idai no centro e o Kenneth no norte.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR