Mais de 600 condutores foram multados por uso indevido do telemóvel durante a condução no âmbito da operação “Smartphone, Smartdrive” que terminou no domingo, anunciou esta segunda-feira a Guarda Nacional Republicana (GNR).

Em comunicado, a GNR adianta que entre os dias 06 de 12 de maio intensificou nas estradas portuguesas da sua área de jurisdição a fiscalização ao uso indevido do telemóvel durante a condução, tendo fiscalizado 29 mil condutores e registado 9.947 contraordenações rodoviárias.

Das 9.947 contraordenações registadas, 649 foram autuados por uso indevido do telemóvel, 2.522 por excesso de velocidade, 603 por falta de inspeção periódica obrigatória e 538 por anomalias nos sistemas de iluminação e sinalização.

A GNR multou também 441 condutores por falta ou incorreta utilização do cinto de segurança e/ou sistema de retenção para crianças e 243 por falta de seguro de responsabilidade civil obrigatório.

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No mesmo período foram ainda detetados 427 condutores com excesso de álcool, dos quais 191 foram detidos por condução com uma taxa de álcool superior a 1.2 gramas por litro (g/l) e 51 por falta de habilitação legal para conduzir.

A GNR adianta que a operação “Smartphone, Smartdrive” visou “contribuir para a diminuição do risco de ocorrência de acidentes e para a adoção de comportamentos mais seguros por parte dos condutores”.

Entre 01 de janeiro e 30 de abril, a GNR detetou cerca de nove mil condutores a fazer uso indevido do telemóvel a conduzir e em 2018 foram mais de 22 mil os que cometeram aquela infração.

A GNR recorda que a “utilização incorreta e o manuseamento de telemóveis, ‘tablets’, ou dispositivos similares, para a realização de chamadas, envio de mensagens escritas ou consulta de redes sociais, durante a condução acarreta riscos associados: distração visual (tira os olhos da estrada), limitação motora (tira as mãos do volante) e condicionamento cognitivo (distração na condução)”.

A condução distraída é, segundo a GNR, um fator de risco que tem sido objeto de uma atenção crescente nas políticas de segurança rodoviária.

A GNR lembra que a “Comissão Europeia, no Plano de Ação para a próxima década (2020-2030) destacou a condução distraída como um dos principais comportamentos de risco para a segurança rodoviária, bem como a velocidade excessiva, a não utilização do cinto de segurança ou capacete e a condução sob efeito do álcool ou substâncias psicotrópicas”.