O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, inicia esta terça-feira uma visita à Califórnia onde irá promover as 3500 vagas para luso-americanos que estarão disponíveis no ensino superior português no próximo ano letivo.

A comitiva do governo pretende chamar a atenção para um programa que teve apenas 350 candidaturas no último ano letivo, um décimo da quota total atribuída e é dirigido especificamente a portugueses e familiares de portugueses a residir no estrangeiro.

“Estamos a realizar sessões de esclarecimento sobre o programa “Study & Research in Portugal”, que já fizemos na Europa e agora estamos a fazer nos Estados Unidos”, disse à Lusa o governante.

A sessão informativa vai decorrer quarta-feira na escola secundária de São José, cidade onde está concentrada uma grande parte da comunidade portuguesa e onde foi criado o único museu exclusivamente dedicado à história de Portugal e luso-americanos.

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José Luís Carneiro frisou que “há razões muito objetivas” para que os estudantes lusodescendentes aproveitem a quota estabelecida pela Direção-Geral do Ensino Superior, nomeadamente a diferença de custos entre Portugal e os Estados Unidos.

“Tratando-se de instituições de ensino acreditadas e cuja qualidade está certificada por instituições da União Europeia, têm propinas anuais que andam na ordem dos 800 euros”, disse o governante, referindo-se a Portugal.

Nos Estados Unidos, “os alunos pagam 50, 60 e até 70 mil dólares por ano” para frequentarem um curso superior em instituições equivalentes.

“É uma via que não tem sido muito utilizada pelos portugueses no estrangeiro e gostaríamos que fosse”, acrescentou o secretário de Estado.

Para o governante, é necessária maior “divulgação deste contingente destinado a emigrantes e filhos de emigrantes nas instituições de ensino superior portuguesas, públicas e privadas, universitárias e politécnicas”.

Para se candidatarem, os estudantes têm de fazer prova da ligação familiar a um emigrante português, podendo ser o “cônjuge, o parente ou afim em qualquer grau da linha direta e até ao 3.º grau da linha colateral que com ele tenha residido”, indica a DGES na descrição das condições do Contigente Especial para Candidatos Emigrantes Portugueses e Familiares que com eles residam.

São necessárias também as provas do ensino secundário ou equivalente realizadas.

As candidaturas deverão abrir em julho e estarão disponíveis até agosto, com datas que serão afixadas no site da Direção-Geral do Ensino Superior e no portal das Comunidades Portuguesas.