O Ministério da Saúde garantiu esta terça-feira que está em curso um “plano de ação” para melhorar o acesso a cirurgias e consultas nos hospitais, sobretudo para as especialidades com mais doentes à espera e com tempos de espera superiores.

Em resposta à agência Lusa a propósito de dados sobre tempos de espera esta terça-feira divulgados pelo regulador da Saúde, o Ministério indica que o plano de ação “pretende que os hospitais tomem medidas concretas que permitam resolver todas as situações em que o tempo médio de espera seja superior a um ano até ao final de 2019”.

“As medidas vão incidir sobre as sete especialidades que, no final de 2018, tinham o maior volume de utentes à espera, os maiores tempos de espera e as maiores percentagens de resposta para além dos tempos máximos de resposta garantidos”, refere o gabinete da ministra da Saúde numa resposta escrita enviada à Lusa.

O Ministério salienta ainda que os dados de monitorização esta terça-feira divulgados pela Entidade Reguladora da Saúde são “parcelares” e que compreendem o período entre janeiro e maio de 2018. Segundo esses dados, os tempos de espera por cirurgias duplicaram nos primeiros meses do ano passado em comparação com dados de agosto a outubro de 2017. Os hospitais do Serviço Nacional de Saúde apresentaram taxas de incumprimento dos tempos de espera clinicamente aceitáveis de 18,5% nas cirurgias programadas e de 39% nas primeiras consultas de especialidade nos hospitais.

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O Ministério da Saúde manifesta-se “ciente da necessidade de melhorar os tempos médios de espera” no Serviço Nacional de Saúde.

O gabinete da ministra Marta Temido salienta ainda que a lista de inscritos para cirurgia no ano passado teve “mais de 700 mil entradas”, com o número de operados a ser de quase 600 mil, um aumento de 6% face a 2015.

Quanto às consultas, “o número de pedidos de primeira consulta hospitalar referenciados pelos cuidados de saúde primários tem vindo a aumentar (cerca de mais 6% de consultas pedidas através do sistema “Consulta a tempo e Horas” em 2018 face a 2015). O número de consultas realizadas aumentou em cerca de 9% em 2018 face a 2015, segundo os dados divulgados pelo Ministério.