Os Estados Unidos ordenaram, esta quarta-feira, a retirada do pessoal não essencial da sua embaixada em Bagdad e do seu consulado em Erbil (norte), no Iraque, por razões de segurança devido à escalada da tensão com o Irão.
Como resultado desta decisão, os serviços de emissão de vistos serão temporariamente suspensos nos consulados de Bagdad e Erbil, de acordo com um comunicado da embaixada.
A nota, que não explica a razão da ordem de retirada, advertiu que a capacidade de fornecer serviços de emergência aos cidadãos dos Estados Unidos no Iraque será “limitada” durante esta suspensão.
A embaixada aconselhou os seus cidadãos a deixarem o Iraque “o mais rápido possível” por meio de transporte comercial, evitarem instalações norte-americanas no Iraque, reverem os seus planos de segurança pessoal e ficarem atentos à imprensa local.
A retirada do pessoal diplomático ocorre num momento em que aumenta a tensão entre os Estados Unidos e o Irão, país vizinho ao Iraque e com grande influência sobre Bagdad.
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Na semana passada, os Estados Unidos enviaram para o Golfo Pérsico o porta-aviões USS “Abraham Lincoln”, o navio de assalto anfíbio USS “Arlington”, mísseis Patriot e bombardeiros, após denunciarem ter detetado “evidências” de planos sobre ofensivas iranianas contra as suas forças e interesses no Médio Oriente.
Em setembro do ano passado, os Estados Unidos fecharam o seu consulado em Bassorá, após se registarem tiros nas proximidades do edifício consular e Washington culpou as milícias apoiadas pelo Irão.
Os tiros nas proximidades do consulado de Bassorá ocorreram no contexto de protestos desencadeados por uma crise no sistema de abastecimento de água, sendo que o consulado iraniano também foi incendiado.