O hemiciclo do Parlamento Europeu em Bruxelas será palco nesta quarta-feira à noite do único debate entre todos os candidatos principais (‘Spitzenkandidaten’) das famílias políticas europeias ao cargo de presidente da Comissão Europeia antes das eleições europeias da próxima semana.

Num hemiciclo transformado em estúdio de televisão — a responsabilidade editorial do debate cabe à Eurovisão –, seis ‘Spitzenkandidaten’ irão debater alguns dos temas fortes da campanha para as eleições europeias, como emprego, migrações, segurança, populismo, alterações climáticas e papel da União Europeia na cena mundial.

O debate, que decorrerá entre as 21:00 e 22:30 locais (menos uma hora em Lisboa), arrancará com declarações iniciais dos candidatos, tendo um sorteio determinado a ordem das intervenções: Nico Cué (Esquerda Unitária), Ska Keller (Verdes Europeus), Jan Zahradil (Conservadores e Reformistas), Margrethe Vestager (Liberais), Manfred Weber (Partido Popular Europeu) e Frans Timmermans (Socialistas Europeus).

Inaugurado em 2014, por ocasião das anteriores eleições europeias, o modelo ‘Spitzenkandidat’ prevê que o “candidato principal” da família política mais votada nas eleições europeias seja eleito presidente da Comissão Europeia, o que aconteceu há cinco anos com Jean-Claude Juncker, que sucedeu a José Manuel Durão Barroso, em virtude de o PPE ter vencido o sufrágio.

No entanto, este ano não é garantido que o sucessor de Juncker seja um dos ‘Spitzenkandidaten’, pois este modelo perdeu força no Conselho Europeu, composto pelos chefes de Estado e de Governo da UE, que desde há mais um ano tem lembrado que o que está estipulado nos Tratados é que cabe a esta instituição designar um nome, “com base nos resultados das eleições europeias”, mas sem qualquer mecanismo de “automaticidade” relativamente aos candidatos principais apresentados pelas famílias políticas.

As eleições europeias decorrerão entre 23 e 26 de maio nos 28 Estados-membros da União (incluindo no Reino Unido, devido à incapacidade do parlamento britânico em aprovar em tempo útil o Acordo de Saída negociado entre Londres e Bruxelas), estando as urnas abertas em Portugal no dia 26.

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