A Huawei afirmou esta quinta-feira que está “totalmente” disponível para trabalhar em conjunto com os Estados Unidos para encontrar medidas que garantam a segurança dos produtos”, já que restringir o negócio da empresa chinesa não tornará Washington um país “mais seguro”.

O presidente dos Estados Unidos declarou na quarta-feira “emergência nacional” e emitiu uma ordem executiva a proibir empresas do país de usarem equipamentos de telecomunicações de empresas estrangeiras consideradas de risco, uma medida que visa a China e a Huawei.

“Estamos totalmente disponíveis para trabalhar em conjunto com o Governo dos Estados Unidos da América no sentido de encontrar medidas que garantam a segurança dos produtos. Restringir o negócio da Huawei nos Estados Unidos não tornará o país mais seguro ou mais forte”, afirmou a Huawei, em comunicado, recordando que “é líder na tecnologia 5G”.

“Pelo contrário, servirá apenas para limitar o país a alternativas inferiores e mais dispendiosas, conduzindo a um atraso na implementação do 5G e, eventualmente, prejudicando os interesses das empresas e consumidores”, aponta a fabricante chinesa. “Adicionalmente, acreditamos que a implementação de restrições irrazoáveis pode colidir com os direitos da empresa e levantar questões legais sérias”, apontou.

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A ordem autoriza o Departamento do Comércio norte-americano a impedir negócios que envolvam tecnologias desenvolvidas por “adversários estrangeiros” que a Casa Branca considera que estão a explorar vulnerabilidades nos serviços e infraestruturas tecnológicas de informação e comunicação dos Estados Unidos da América para espionagem ou sabotagem.

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O decreto presidencial dá 150 dias ao Departamento de Comércio para levar a cabo a medida, estabelecendo as proibições. Na prática, esta ordem presidencial agudiza a batalha sobre o controlo das redes de telecomunicações 5G (quinta geração).

Os Estados Unidos lideram uma campanha global para impedir que as companhias chinesas, como a gigante Huawei, fiquem com o controlo das redes 5G, que permitem navegar pela internet com mais velocidade e são chave para o desenvolvimento de veículos autónomos e técnicas para realizar cirurgias por controlo remoto.