A Comissão Europeia reconheceu esta sexta-feira os esforços desenvolvidos pelas plataformas Facebook, Google e Twitter para combater as notícias falsas (‘fake news’) e ajudar a proteger a integridade das eleições europeias, que se realizam na próxima semana.

“Reconhecemos os progressos contínuos alcançados por Facebook, Google e Twitter nos seus compromissos para aumentar a transparência e proteger a integridade das próximas eleições. Saudamos as medidas robustas que as três plataformas adotaram contra comportamentos manipuladores nos seus serviços, incluindo operações de desinformação coordenadas”, lê-se numa declaração conjunta de vários comissários, esta sexta-feira divulgada em Bruxelas.

A declaração conjunta dos comissários Andrus Ansip (vice-presidente com a pasta do Mercado Único Digital), Vera Jourova (Justiça, Consumidores e Igualdade de Género), Julian King (União da Segurança), e Mariya Gabriel (Sociedade e Economia Digital) é uma reação ao mais recente relatório mensal de análise às medidas adotadas, em abril, pelas três plataformas, signatárias do Código de Conduta contra a desinformação.

Apontando que as plataformas “também forneceram dados sobre medidas para melhorar o escrutínio de posicionamento de anúncios”, os comissários notam, no entanto, que “é preciso fazer mais no sentido de fortalecer a integridade dos seus serviços, incluindo os serviços publicitários”.

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“Além disso, os dados fornecidos ainda carecem do nível de detalhe necessário que permita uma avaliação independente e precisa sobre de que modo as políticas das plataformas contribuíram efetivamente para reduzir a difusão de desinformação na UE”, lê-se na declaração.

Lembrando que a luta contra a desinformação é para ser mantida e desenvolvida depois das eleições europeias, Bruxelas defende que todos os signatários do Código de Conduta “devem redobrar esforços para alargar a cooperação com verificadores de factos em todos os Estados-membros”.

“Em particular, as plataformas em linha precisam de pôr em prática o leque mais alargado de compromissos no quadro do Código de Conduta, designadamente ao associarem-se a órgãos de comunicação social tradicionais para desenvolver indicadores de transparência e credibilidade para fontes de informação, de modo a que seja disponibilizada aos utilizadores uma escolha justa de informação relevante e verificada”, defendem os comissários.

O Código de Conduta é um instrumento de autorregulação para combater a desinformação ‘online’, que grandes plataformas digitais subscreveram e comprometeram-se a implementar, e faz parte do Plano de Ação Conjunto lançado no final do ano passado pela Comissão Europeia para combater a desinformação.