O Governo espanhol pediu nesta sexta-feira a dois dos maiores partidos da oposição que se abstenham na sessão de investidura (tomada de posse) de Pedro Sánchez, o líder do PSOE o partido mais votado. O apelo é dirigido pelo porta-voz do Executivo ainda em funções ao PP e ao Ciudadanos e é feito em nome do “serviço à Espanha”.

O pedido veio da porta-voz do executivo, Isabel Celaá, que no final do Conselho de Ministros relembrou 2016, ano em que o PSOE se absteve na investidura de Mariano Rajoy, permitindo a nomeação do popular como presidente do governo espanhol. Na altura, refere a responsável, os socialistas tinham em mente a “estabilidade do país”, que na verdade não durou, obrigando à realização de novas eleições.

O veto do PP e do Ciudadanos deverá pôr em causa a estabilidade governativa em Espanha e levar o país a enfrentar uma crise política, uma vez que tudo indica que os independentistas do ERC devem votar contra um futuro governo de Pedro Sánchez, à semelhança do que já aconteceu com a eleição do socialista Miquel Iceta para senador.

O PSOE não teve maioria absoluta nas últimas eleições e continua a fazer contas para perceber como é que vai conseguir formar Governo. Sobre a possibilidade de uma coligação com o Podemos, Isabel Celaá deixa claro que preferia “um Governo solitário” mas as negociações com o partido de Pablo Iglesias continuam.

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