O cabeça de lista do Partido Democrático Republicano (PDR), António Marinho e Pinto, considerou este sábado que é preciso “distribuir melhor” os fundos europeus para desenvolver as regiões do Interior do país.

Durante uma ação de campanha do partido, na Guarda, o eurodeputado afirmou à agência Lusa que, para desenvolver as regiões do Interior, “mais do que pedir mais fundos à Europa, é preciso distribuir melhor os fundos que a Europa tem mandado e vai continuar a mandar”.

O problema das regiões interiores do país, do seu atraso, do seu subdesenvolvimento, do seu abandono, não se deve à falta de dinheiro europeu. Deve-se ao facto de esse dinheiro que vem da Europa ser praticamente quase todo usado nas regiões mais desenvolvidas do país, por razões meramente eleitoralistas”, justificou.

O cabeça de lista do PDR realizou uma visita ao mercado municipal da Guarda e contactou com a população da cidade mais alta do país. Segundo Marinho e Pinto, “o que se passou recentemente com os transportes em Lisboa e Porto, é uma vergonha nacional, porque os lisboetas, os habitantes das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto viajam praticamente de graça nesses transportes e as pessoas do Interior continuam abandonadas. Fecham-lhes as escolas, fecham-lhes as maternidades, obrigam-nas a pagar portagens nas autoestradas, etc.”.

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“É preciso uma voz no Parlamento Europeu que denuncie esta situação de iniquidade e de injustiça em Portugal”, afirmou. Para o candidato do PDR, também “é preciso que quem está no Governo respeite Portugal na sua totalidade e não só aquelas regiões que têm mais votos”.

Nos contactos com a população da Guarda, Marinho e Pinto disse que não pode resolver os vários problemas apresentados, como a questão da interioridade e das portagens nas autoestradas, mas pode “denunciar as situações que levaram a esses problemas” e que pode denunciar as omissões “muitas vezes politicamente dolosas” dos governantes em não os resolverem.

No final da passagem pelo mercado municipal, o líder do PDR mostrou-se satisfeito com o acolhimento que teve na cidade mais alta do país.

“É sempre gratificante ser recebido, quando se traz uma mensagem política, como eu sou recebido pelas pessoas. É sempre gratificante. É pena que outros fatores que não têm a ver com a popularidade, não têm a ver com o compromisso de verdade que eu tenho na vida política, é pena que muitas vezes isso não seja realçado pelos ?media’ nacionais, sobretudo de Lisboa e Porto”, afirmou.

Entre beijos e abraços, Marinho e Pinto ouviu comentários elogiosos de algumas pessoas que gostam da sua ação e de o ouvir e ver na televisão. “Então olhe, vote neste partido das estrelinhas, no próximo dia 26, que é para eu continuar a falar, que é para não me tirarem o pio”, respondeu a uma mulher que o abordou e lhe disse que gosta de “o ver falar na televisão”.