Histórico de atualizações
  • O debate já terminou. Dentro de momentos, vai poder ler aqui no Observador um resumo do que se passou nestas duas horas de debate entre os cinco principais candidatos às Europeias do próximo domingo.

    Até já!

  • Paulo Rangel, nos trinta segundos finais, apelou ao voto no “PSD porque é o único partido em condições de vencer o PS, vencer António Costa”, pois é “um voto verdadeiramente útil” que pode “mudar a política e a própria perceção da política” em Portugal.

  • Um argumento apenas para um jovem votar no PS? Pedro Marques responde à pergunta com uma provocação ao grupo político a que pertence o PSD, dizendo que o seu grupo político “não cala a voz dos jovens”, relembrado o caso da ativista sueca sobra o clima, Greta Thunberg de 15 anos.

  • Rangel: Pedro Marques quer exportar degradação de SNS e caos nos transportes para a Europa

    Paulo Rangel aproveitou uma pergunta sobre Europa para dizer que o “Serviço Nacional de Saúde está degradado, os transportes públicos não têm ar condicionado e até querem lugares em pé”. O cabeça de lista do PSD diz que isto tem haver com Europa, já que para cumprir as metas europeias é preciso “fazer escolhas políticas em Portugal”.

    O cabeça de lista do PSD diz que se Pedro Marques quer exportar o modelo da geringonça, o que vai exportar é a “degradação do Serviço Nacional de Saúde, o caos dos transportes” e falhas na segurança de pessoas e bens.

  • João Ferreira convida jovens a comparar trabalho dos eurodeputados

    “Não há sociedade desenvolvida que assente nos baixos salários, na precariedade, que empurre os jovens para a emigração”, defendeu João Ferreira na ronda final, considerando que as “recomendações da União Europeia têm determinado” precisamente isso. E convidou os jovens a fazerem “algo que fazem todos os dias” — a irem à Internet consultarem o trabalho de todos os eurodeputados no site do Parlamento Europeu. “Está lá tudo.”

  • Melo apela ao voto de quem é de direita. "Rui Rio é de centro-esquerda"

    Um argumento para um recém-eleitor votar no CDS? “Nós somos o lado direito da moderação, e assumimos essa circunstância. Há muito eleitorado que se sente dessa direita e não tem votos”, por isso Nuno Melo apela ao voto no CDS. Isto porque, diz, o “PSD é hoje um partido de centro, e Rui Rio é um líder que se assume de centro-esquerda”.

    “Sendo esse eleitorado disputado ao centro”, o CDS fica com a direita. “E podem ter a certeza que nenhum voto no CDS servirá alguma vez para validar um governo de António Costa”, diz.

  • Marisa Matias: "Bloco foi o único partido que esteve sempre ao lado dos jovens"

    Na ronda final, Marisa Matias é desafiada a cativar o voto de um jovem. “Creio que os jovens sabem perfeitamente quem é que esteve a defender aquela que foi agenda deles e que foi recusada pelas maiorias: seja nas alterações climáticas, seja na censura digital. O Bloco foi o único partido que esteve sempre ao lado dos jovens”, responde.

  • Sobre relançar o projeto europeu, o candidato socialista fala na “aplicação na Europa do que o Governo fez em Portugal” e aponta António Costa como “um dos líderes mais respeitados na Europa” e Centeno como o responsável pelo “mandato para a aprovação do orçamento da zona euro”.

  • Marisa Matias: "Tratado Orçamental tem sido um desastre"

    Uma das propostas de Marisa Matias para o próximo mandato passa por referendar o Tratado Orçamental (TO). “Percebemos que Portugal é um dos países da UE onde houve menos consulta sobre todas as fases do processo de integração europeia”, justifica a eurodeputada. “Este tratado está a asfixiar a nossa economia” e “nunca niguém foi ouvido”. Uma situação que o Bloco de Esquerda quer corrigir.

    Mas continua a argumentação. “Portugal foi o primeiro país a ratificar o tratado sem ouvir ninguém tendo-se garantido uma consulta que nucna aconteceu”. “Estamos sempre a tempo de consultar as pessoas. Em Portugal isso nunca se faz porque têm medo dos cidadãos”, conclui.

  • Euro "tornou-se insustentável", diz João Ferreira

    “Não fazemos de conta que os salários não estiveram estagnados”, disse João Ferreira, quando questionado sobre se a viabilidade da pertença de Portugal à moeda única. “Isto resulta de um conjunto de determinações associadas ao Euro”, considerou.

    “Aqui há uns anos houve um presidente da Comissão Europeia que disse que o Pacto de Estabilidade era estúpido. Era estúpido e estúpido ficou”, sublinhou, para considerar que o Euro se tornou “insustentável para Portugal, e é por isso que apontamos um caminho”.

  • Melo atira-se ao BE, que defendia saída do euro "mas já não defende"

    Nuno Melo diz que é contra a adoção de um orçamento da Zona Euro, defendendo antes outros mecanismos como o reforço da união bancária e regras de supervisão mais apertadas no Eurogrupo.

    O candidato do CDS atira-se depois ao Bloco de Esquerda, que, lendo uma citação de Catarina Martins em 2017, dizia que era “urgente uma saída do euro”, e que agora Marisa Matias diz o BE “nunca defendeu a saída do euro”.

  • Negociar mais fundos? Pedro Marques vira-se para PSD

    Sobre o desafio da esquerda para ir mais além nos fundos, Pedro Marques volta a sublinhar que a proposta que existe “não é do Governo mas de um comissário de direita que Rangel devia ter influenciado”. Mas é para o PSD que se vira na necessidade de acertar passo para essa negociação, apelando a uma união: “Se permanecermos unidos nesta matéria e não rasgarmos acordos que assumimos em nome do interessa nacional conseguiremos um a melhor proposta”.

    PSD entendeu-se com o Governo para a negociação do próximo quadro comunitário, num compromisso que foi assinado por Rui Rio e António Costa em São Bento em abril do ano passado.

    Acordo entre Governo e PSD sobre fundos comunitários prestes a ser assinado

  • João Ferreira: "Só há um orçamento com corte de verbas se o Governo português aceitar"

    Sobre os fundos comunitários, João Ferreira lembrou que tanto o Parlamento Europeu como o Conselho têm possibilidade de chumbar um orçamento, mas que “é mais fácil ser exercido o direito de veto no Conselho do que no Parlamento”. Por isso, “só há um orçamento com corte de verbas se o Governo português aceitar”, assegurou o candidato, lembrando a promessa que tem feito nas últimas semanas: “Nós não aprovaremos um orçamento que inclua corte de verbas”.

    Recordando que o corte de 7% nos fundos de coesão para Portugal será o terceiro corte, João Ferreira disse que isto “não é aceitável” e sublinhou que não é apenas o valor global que conta, mas também “as condições de cofinanciamento” — ou seja “quanto é que o país tem de pagar para receber os fundos estruturais”. “Neste ponto de vista, a proposta da Comissão é desatrosa”, disse João Ferreira, exemplificando com a previsão de “diminuição do cofinanciamento europeu para as regiões em transição”, como o Algarve.

  • Marisa Matias espera que corte de 7% nos fundos de coesão seja revertido. "Ainda é possível"

    “A confirmar-se este corte vamos para o terceiro corte consecutivo em fundos de coesão”, começa por lembrar Marisa Matias atirando responsabilidades não só para o PS – que aceitou o primeiro corte durante o governo de José Sócrates — e para o PSD e o CDS, cuja governação esteve em vigência no segundo corte. Por isso, a eurodeputada pede que este terceiro corte não vá em frente. “Ainda é possível”, considera.

    Como? “Porque o Orçamento comunitário depende das pessoas que se vão eleger e das maiorias que se vão conseguir no Parlamento Europeu” assim como do “Governo que se eleger” em outubro, já que a decisão também passa pelo Conselho Europeu, onde tem de haver unanimidade — e, logo, qualquer governo tem poder de veto.

    Como conclusão, Marisa Matias diz que as “visões fantasiosas [de PS, PSD e CDS] são um bom retrato daquilo que não se deve eleger”. E deixa uma questão no ar: “Quais são os candidatos que se comprometem a deixar isto passar? Eu não deixo”, remata.

  • Nuno Melo procura desmontar fundos de coesão e lembra que PSD assinou acordo com PS

    Nuno Melo tenta desmontar a questão dos fundos de coesão.

    Começa por explicar o que são fundos de coesão: “É dinheiro que existe para aproximar os países mais atrasados dos que são mais ricos”. E ataca PS por ter aceitado corte nestes fundos, mas também PSD, por ter assinado um acordo com os socialistas precisamente sobre para o próximo quadro comunitário de apoio. Ou seja, o CDS está fora desta fotografia e não assina o corte dos fundos por baixo.

    “Se me dissesse que havia um problema com o brexit e que, por isso, todos os países iam ter um corte no orçamento comunitário, tudo bem”, diz Nuno Melo, afirmando de seguida que não é isso que acontece porque países com rendimentos per capita superiores ao de Portugal recebem mais fundos de coesão do que Portugal.

    “Portuga perde 7 por cento dos fundos (1.6 mil milhões de euros) — isto é indiscutível. E fiz vários debates com candidatos do Partido Socialista que defenderam a maravilha desta proposta de corte de 7 por cento”, diz Melo.

    Depois, enumera o que acontece noutros países.

    O Luxemburgo (que tem 200% de rendimento per capita) “não perde um cêntimo”, assim como a Áustria, Bélgica, Suécia ou Dinamarca. “Os finlandeses vão ganhar 5%, Italia mais 4%, e do nosso campeonato, a Grécia, por exemplo, todos os países vão ganhar também, e nós vamos perder 7%. A Bulgária nao mostra disponibilidade para receber um refugiado e no entanto vai ganhar 8% dos fundos de coesão”.

    O candidato do CDS afirma ainda que o Governo, além de “aceitar” este corte, ainda se prepara para abdicar do direito de veto sobre questões fiscais. “O comissário Moscovici enviou uma carta a Mário Centeno, enquanto presidente do Eurogrupo, a pedir apoio para fixar imposto de 18% sobre empresas da UE. E Mário Centeno prepara-se para anuir, “sem autorização da AR, sem mandato, prescindindo da soberania nacional”. Além de que, diz, “estes impostos não vão afetar da mesma forma as empresas se forem empresas de Portugal ou empresas da Alemanha”.

  • Marques insiste que Governo anterior aceitou corte de 10% nos fundos de coesão

    Pedro Marques pede a palavra para dizer que “nesta matéria há uma coisa que os portugueses têm de saber e volta a atacar o PSD ao dizer que o “corte de 70 milhões do Brexit fez com que Portugal passasse de oitavo para quinto país que vai receber mais fundos”: “Há sete anos, sem Brexit, aceitaram um corte de 10% nos fundos de coesão”, afirma. .

  • Rangel acusa Pedro Marques de elogiar proposta que corta nos fundos. Marques diz que foi Carlos Moedas a dizê-lo

    A prioridade de Rangel está relacionada com o “quadro financeiro plurianual”, lembrando que “Pedro Marques disse que foi um bom ponto de partido Portugal perder 7% nos fundos de coesão”. Pedro Marques ripostou de imediato, e disse que foi “o mandatário [nacional do PSD], Carlos Moedas” que disse. Rangel disse que Carlos Moedas é diferente de Pedro Marques que “está veiculado à comissão”, mas que o ex-ministro socialista “é o responsável pelo corte de 1600 milhões de euros.”

    Paulo Rangel destacou que Pedro Marques “andou 5 meses a dizer que era muito bom que Portugal não perdia dinheiro e até ganhava”, agora levou “um puxão de orelhas de António Costa” que admitiu os cortes. O candidato do PSD diz que Pedro Marques “não conhece bem o funcionamento do Parlamento Europeu”. Além disso o candidato do PSD diz que a aposta do PSD também são nos direitos socais, mas “de maneira realista, não é utópico ou romântico” e denuncia que propostas como a criação de um “Serviço Nacional de Saúde europeu” não são realistas.

    Marques voltou a insistir e Paulo Rangel voltou a negar, dizendo que Pedro Marques “recebeu uma carta a 12 de julho de Castro Almeida a dizer que não podia aceitar cortes” já depois do acordo assinado com o governo.

  • Marques acusa Rangel de "hipocrisia política" nos fundos europeus

    Pedro Marques volta a intervir, agora sobre fundos europeus e sobre a margem que existe para conseguir aumentar fundos europeus para o país, na negociação do próximo quadro comunitário — em que há uma proposta inicial. O socialista diz que há margem depois ataca a “hipocrisia” de Rangel.

    “Existiu um aumento nominal de 22, 1 milhões de euros para 23 milhões. Há mais dinheiro em termos nominais. É uma grande hipocrisia política que Rangel venha falar de vetos de propostas que são primeiras propostas quando assinou e aplaudiu um acordo há dez anos que fazia um corte de 10%”, disse o socialista sobre a posição do social-democrata sobre a primeira propostas que está em cima da mesa por parte da Comissão Europeia.

    Mas o socialista diz que a margem que existe para aumentar os apoios ao país mantém-se se “o país permanecer unido” nessa negociação e atira a responsabilidade a quem assinou o acordo com o Governo nesta matéria, referindo-se diretamente ao PSD.

  • João Ferreira responde a Pedro Marques: "PS votou a favor de recomendações para aumento da idade da reforma"

    João Ferreira entrou em discussão direta com Pedro Marques depois de o socialista o acusar de “agitar o papão” da Segurança Social — e a confusão levou à intervenção da moderadora, que pediu que não falassem todos ao mesmo tempo. “O PS votou a favor de recomendações que determinam o aumento da idada da reforma”, assegurou João Ferreira, voltando-se para Pedro Marques.

  • Marques aproxima-se da esquerda no tratado orçamental, mas afasta-se na segurança social

    Sobre que tema pretende abordar primeiro quando chegar ao Parlamento Europeu, Pedro Marques fala no “orçamento da União Europeia, fazer todos os esforços para melhorar a proposta apresentada por um comissário da direita” e também a “reforma da zona euro”, garantindo que o PS “votou sim para propostas da esquerda para reformular o tratado orçamental europeu”. É interrompido por Marisa Matias que diz “haver um equívoco” na afirmação, mas Pedro Marques garante que “não há equívoco nenhum”.

    Depois vira-se para João Ferreira do PCP: “Não me leve a mal” e aborda a questão das pensões. Puxando dos galões da reforma da Segurança Social que fez de 2007, o socialista assgura que o facto de existir “um PPR público, não faz com que se esteja a tirar descontos da segurança social pública”. E disse mesmo que o comunista estava no debate a “gitar o papão da privatização da Segurança Social” e que o sistema em Portugal “está salvaguardado”.

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