O Ministério Público (MP) pediu esta quinta-feira a suspensão do processo crime de Wendel depois de o jogador do Sporting ter sido detido por conduzir sem carta e em contra-mão. Segundo a RTP, o pedido surgiu devido ao facto de o médio brasileiro de 21 anos não ter antecedentes criminais.

O inquérito, que decorreu esta quinta-feira, durou cerca de uma hora e daí resultou o pedido de suspensão do MP. O processo vai agora seguir para o juiz de instrução do Tribunal do Barreiro. Este terá oito a dez dias para decidir se concorda com o MP e suspende o processo ou se propõe outra medida ao jogador do Sporting.

A punição de Wendel pode passar pelo pagamento de uma multa, trabalho voluntário ou inscrição numa escola de condução para obter carta portuguesa. A RTP refere que o médio não dispunha de qualquer título de condução quando foi detido e não está habilitado a conduzir.

Durante o inquérito, Wendel foi acompanhado por dois advogados. No fim da audiência, que terminou por volta das 15h15, Wendel saiu do Tribunal do Montijo por um portão lateral normalmente apenas utilizado por magistrados, refere a RTP.

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Wendel foi detido pela GNR na quarta-feira por conduzir sem carta enquanto circulava com a mulher e outros familiares na zona de Alcochete. Foi ouvido pela GNR e ficou com termo de identidade e residência.

A três dias da final da Taça de Portugal, Wendel foi detido por conduzir sem carta. Está “arrependido”

O Sporting defronta o FC Porto na final da Taça de Portugal este sábado e o técnico dos leões já confirmou que Wendel jogará. No entanto, Marcel Keizer diz que o brasileiro não se livra de ser castigado pelo presidente do Sporting. “Está disponível (para jogar) e será castigado. Tem de saber que é um exemplo como jogador do Sporting. Ele já foi castigado, por isso não há problema”, revelou Keizer em declarações à RTP.

Segundo o jornal desportivo O Jogo, o presidente do Sporting pretende aplicar a Wendel a mesma multa que o tribunal ditar. Frederico Varandas decidiu que Wendel terá que doar o mesmo valor da multa imposta pela justiça portuguesa ao Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão.