O Facebook eliminou mais de três mil milhões de contas falsas na rede social num período de seis meses, um valor inédito que a equipa de Mark Zuckerberg justifica com as tentativas, por parte de “maus agentes”, de criar perfil falsos de forma automatizada.

Num relatório detalhado — mais detalhado do que alguma vez a empresa tinha divulgado — lê-se que cerca de 1,2 mil milhões de contas falsas no Facebook foram desativadas no quarto trimestre e, nos primeiros três meses do ano, mais 2,19 mil milhões de perfis foram eliminados. Foram perfis, garante o Facebook, cuja criação foi detetada em “poucos minutos”, antes que tivessem qualquer oportunidade de “fazer mal”.

Foram, também, eliminados mais de sete milhões de publicações que incluíam “discurso de ódio”, outro recorde.

O relatório indica que, em média, em cada 10.000 conteúdos que foram vistos no Facebook, menos de 14 tinham nudez, cerca de 25 continham violência e, por outro lado, menos de três viram imagens de abuso sexual de crianças ou propaganda terrorista. Estes são alguns dos indicadores que a empresa, que reconheceu que 5% das contas ativas na rede social são falsas, vai querer continuar a reduzir.

O presidente da empresa, Mark Zuckerberg, interessado em mostrar que a rede social está a levar a sério o compromisso com a “limpeza” da comunidade de utilizadores, acompanhou a divulgação deste “enforcement report” de uma teleconferência com jornalistas onde defendeu que não faz sentido defender que a empresa é demasiado grande e é preciso dividi-la porque, argumenta, só graças à dimensão da empresa (e interligação entre as várias plataformas) é que foi possível ser mais eficaz na retirada de perfis falsos e conteúdos impróprios.

“O sucesso que a empresa tem tido permitiu-nos financiar estes esforços a um nível enorme. Penso que a totalidade do nosso orçamento que vai para os sistemas de segurança… Penso que é maior do que todas as receitas do Twitter em todo o ano”, asseverou Mark Zuckerberg, citado pela BBC.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR