O processo de eleição dos 751 deputados do Parlamento Europeu para a legislatura 2019-2024 prossegue esta sexta-feira na Irlanda e República Checa, num calendário iniciado na quinta-feira que se estende até domingo.

Cerca de 400 milhões de cidadãos europeus estão inscritos para votar até 26 de maio e escolher os seus representantes no próximo Parlamento Europeu (PE), com Portugal a eleger 21 eurodeputados.

A Holanda e o Reino Unido foram, na quinta-feira, os primeiros Estados-membros a irem a eleições, seguindo-se, esta sexta-feira, a Irlanda e a República Checa, onde o voto se prolonga por dois dias.

Letónia, Malta e Eslováquia votam no sábado e todos os outros Estados-membros, incluindo Portugal, escolheram domingo para a ida às urnas.

Além da abstenção, que tem crescido a cada nova eleição e nas últimas europeias (2014) foi de 57% no conjunto dos Estados-membros, estas eleições estão marcadas pela expectativa de uma maior fragmentação do PE, com a ‘coligação’ maioritária entre conservadores e socialistas ameaçada pelo crescimento de liberais e nacionalistas.

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Outra das particularidades deste exercício eleitoral é a provável alteração da composição do hemiciclo e, consequentemente, da correlação de forças no PE aquando da saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

Até que o ‘Brexit’ se concretize, o Reino Unido elege os seus 73 eurodeputados e o PE mantém os 751 lugares atuais.

A partir do momento que o país deixe de ser membro, o PE passa a ter 705 eurodeputados, com parte dos 73 lugares dos britânicos a serem redistribuídos por outros Estados-membros e parte a ficar numa ‘reserva’ para futuros alargamentos.