A reorganização do Espaço Aéreo na Área Terminal de Lisboa prevê a transferência, em 2020, das esquadras da base de Sintra para Beja e vice-versa, informou esta sexta-feira o Ministério da Defesa.

Esta reorganização faz parte de uma resolução aprovada na quinta-feira em Conselho de Ministros e representa, segundo a tutela, o primeiro passo para aumentar a capacidade aérea da Área Terminal de Lisboa para até 72 movimentos por hora.

Com esta aprovação, a Autoridade Aeronáutica Nacional, a Autoridade Nacional da Aviação Civil, a Força Aérea e a Navegação Aérea de Portugal “têm de, até 27 de outubro de 2019, apresentar em conjunto um projeto integrado para a reorganização do espaço aéreo nacional, que concilie a utilização civil e a militar” que dê “continuidade aos estudos já desenvolvidos”, explica o ministério numa nota enviada à Lusa.

Segundo o Ministério da Defesa Nacional, esta reorganização e “cedência de porções de espaço aéreo” das áreas militares terá “implicações na operação da Força Aérea”, designadamente na “necessidade de deslocalização de diversas esquadras de voo ou do treino operacional”.

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Nesse sentido, foi decidido transferir, em 2020, a Esquadra de voo 101, da Base Aérea n.º1, em Sintra, para a Base Aérea n.º11, em Beja, e a Esquadra de Voo 552, da Base Aérea n.º11, em Beja, para a Base Aérea n.º1, em Sintra.

Esta transferência terá um “impacto em mais de duas centenas de militares e respetivas famílias”, existindo já um plano para que “com a brevidade possível sejam garantidas as adequadas condições à operação destas esquadras nos locais definitivos”.

A ANA e o Estado assinaram em 8 de janeiro o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, com um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 para aumentar o atual aeroporto de Lisboa (Humberto Delgado) e transformar a base aérea do Montijo no novo aeroporto de Lisboa.

Em 11 de janeiro, António Costa admitiu que “não há plano B” para a construção de um novo aeroporto complementar de Lisboa caso o EIA chumbe a localização no Montijo e voltou a garantir que “não haverá aeroporto no Montijo” se o Estudo de Impacto Ambiental não o permitir.