O Mirai é a menina dos olhos da Toyota no que toca aos automóveis eléctricos. Em vez de alimentar o motor com electricidade carregada a partir da rede, produz a energia de que necessita a bordo, com recurso ao hidrogénio que transporta em tanques sob pressão, que são substancialmente mais rápidos de abastecer. De momento, a tecnologia ainda é cara, mas a marca japonesa vai introduzir ainda este ano a segunda geração das fuel cells, ou células de combustível, que prometem ser mais eficientes e baratas.

Porém, para a Toyota, será a terceira geração a democratizar a tecnologia das células de combustível a hidrogénio. De acordo com o responsável europeu de Vendas e Marketing da marca, Matt Harrison, em declarações à Automotive News, os japoneses acreditam que dentro de 10 anos os carros alimentados por fuel cells serão comercializados por um preço similar ao praticado pelos modelos híbridos. O que será uma excelente notícia.

Assim que as células de hidrogénio forem vistas como uma alternativa às baterias, para os veículos eléctricos, não faltarão fabricantes que adiram a esta solução. E esta popularidade, que hoje está longe de se verificar, vai ajudar a resolver o segundo problema que limita as células de combustível: a falta de uma rede de produção e distribuição de hidrogénio. Sim, porque sem veículos não faz sentido começar já a ‘semear’ postos de ‘combustível’.

O construtor japonês vai começar, muito em breve, a instalar a segunda geração das fuel cells, as mesmas que irá fornecer à Salvador Caetano para equipar os seus autocarros eléctricos que irá produzir no Norte e comercializar em Portugal e por essa Europa fora. A segunda geração já trará um incremento de competitividade, reduzindo consideravelmente o preço do Mirai, que hoje ultrapassa os 60 mil euros, permitindo a sua utilização em modelos mais pequenos e mais acessíveis.

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