O governo de Moçambique e parceiros vão criar um grupo de trabalho para que as verbas a anunciar na conferência de doadores pós-ciclones sejam aplicadas, anunciou fonte oficial.

A equipa vai evitar que se repitam situações em que “muitas vezes nem se chega a saber as razões que impedem o fluxo dos fundos, após a manifestação de compromisso”, referiu o diretor executivo do Gabinete de Reconstrução pós-Ciclones, Francisco Pereira, citado esta terça-feira pelo jornal Notícias.

Aquele responsável referiu que, por vezes, as verbas ficam bloqueadas por falta de cumprimento de trâmites legais das entidades estatais, que devem ser evitados.

Francisco Pereira sublinhou que a estratégia já foi concertada com parceiros e doadores.

A conferência de doadores vai decorrer na sexta-feira e sábado na cidade da Beira e o Governo espera que estejam presentes cerca de 700 participantes.

O executivo moçambicano anunciou no dia 14 vai apresentar aos doadores um pedido de ajuda de 3,2 mil milhões de dólares (2,8 mil milhões de euros) para a reconstrução das áreas afetadas pelos ciclones Idai e Kenneth.

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Governo moçambicano vai pedir aos doadores 2,8 mil ME para reconstrução de áreas afetadas por ciclones

O ciclone Idai atingiu o centro de Moçambique em março, provocou 603 mortos e afetou cerca de 1,5 milhões de pessoas, sendo que a cidade da Beira, uma das principais do país, foi severamente afetada.

O ciclone Kenneth, que se abateu sobre o norte do país em abril, matou 45 pessoas e afetou 250.000 pessoas.