O secretário-geral da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Norberto Rosa, disse esta quinta-feira à agência Lusa, em Macau, que a China pode ajudar a superar a insuficiência de capitais em Portugal.

“Naturalmente que um dos problemas em concreto que Portugal tem é a insuficiência de capitais e, portanto, a China [que] tem feito investimentos, mais na aquisição de ativos existentes, era fundamental que passasse também a fazer investimentos em novas indústrias e em novos setores”, sustentou Norberto Rosa.

“Aí [na China] existe capital em excesso e nós temos insuficiência de capital: penso que poderá ser uma boa simbiose entre a economia portuguesa e a economia chinesa”, acrescentou o responsável à margem da assinatura de um acordo de cooperação entre associações de bancos lusófonos e de Macau.

O acordo foi assinado por iniciativa da Associação de Bancos de Macau, em conjunto com a Associação Portuguesa de Banco, Associação Moçambicana de Bancos, Associação Santomense de Bancos e a Associação Profissional de Bancos e Estabelecimentos Financeiros da Guiné Bissau.

“A importância [do protocolo] é muito grande, por não só permitir uma maior cooperação com os países de expressão portuguesa, como também a sua articulação com a China e com o mercado chinês”, afirmou o secretário-geral da Associação Portuguesa de Bancos.

Norberto Rosa lembrou que “hoje, curiosamente, e por coincidência, deu-se a emissão dos ‘Panda Bonds’, [sendo] que [Portugal] foi o primeiro país da área do euro a fazer essa emissão, o que mostra perfeitamente este bom relacionamento atual existente com um país com a dinâmica de desenvolvimento da China, Portugal e todos os outros países de expressão portuguesa”, justificou.

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