O principal suspeito do ataque em Lyon, no sudeste da França, admitiu esta quinta-feira às autoridades que jurou fidelidade ao Daesh, escreve o jornal francês Le Fígaro. Mohamed Hichem M., um argelino de 24 anos, já antes confessara ser o autor da bomba que explodiu a 25 de maio e que fez 13 feridos.

O jornal francês cita uma fonte judicial para escrever que o argelino afirmou em interrogatório que pretendia “aumentar o voto populista e racista” ainda antes das eleições europeias, que se realizaram no passado domingo, de maneira a “pressionar os muçulmanos a revoltarem-se”.

Explosão no centro de Lyon faz 13 feridos. Polícia divulga foto do suspeito

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A confissão da participação na explosão que se fez sentir em Lyon a 25 de maio surgiu depois de Mohamed Hichem M. estar 48 horas sob custódia das autoridades francesas. Detido na manhã de segunda-feira em Lyon, o argelino confessou que elaborou a bomba durante um interrogatório nas instalações da subdiretoria antiterrorista nos subúrbios de Paris, onde se encontra detido.

Na sexta-feira passada, o procurador especial contra atividades terroristas, Remy Heitz, referiu-se às informações recolhidas pelas câmaras de vigilância e que mostravam um ciclista que se dirigiu para o centro de Lyon.

O homem abandonou a bicicleta antes de entrar na rua destinada apenas a peões e colocou um saco de papel junto a um bloco de cimento frente a uma padaria.

As mesmas imagens mostram o homem a dirigir-se pelo mesmo caminho para o local onde tinha deixado a bicicleta. Um minuto depois a bomba explodiu, ferindo 13 pessoas. Os investigadores descobriram no local estilhaços de parafusos, berlindes de vidro e pilhas que podem ter sido projetados pelo engenho explosivo.