A McLaren realizou um trabalho notável, ao conseguir num curtíssimo número de anos, atingir – e até ultrapassar – prestigiados construtores como a Lamborghini e até a Ferrari. O seu mais recente produto, o McLaren Senna, é uma obra de arte, com 800 cv, tracção traseira e com uma produção limitada a somente 500 unidades. Pelas quais a marca britânica exige um mínimo de 1 milhão de euros.

O Senna é um superdesportivo muito especial, pois apesar de ter sido concebido para pista, está homologado para rodar em estrada, ele e os seus 800 cv, que lhe permitem atingir os 100 km/h ao fim de apenas 2,8 segundos, para depois chegar aos 340 km/h. O seu motor é a versão mais possante do 4.0 V8 biturbo, uma evolução da unidade que está instalada no McLaren 720S, com 720 cv.

Manny Khoshbin, um iraniano a viver há muito nos EUA, que se movimenta na área da promoção imobiliária e com uma fortuna avaliada em 46 milhões de dólares, é um dos orgulhosos proprietários de uma unidade do McLaren Senna, decorado com as mesmas cores com que o piloto brasileiro usou no carro com que conquistou a sua primeira vitória para a McLaren, no Grande Prémio do Brasil, em 1988, ano em que alcançou igualmente o seu primeiro campeonato mundial de Fórmula 1 com o MP4/4.

Segundo Manny Khoshbin, o seu Senna somou cerca de 250.000 dólares ao milhão original, em virtude de algumas especificações encomendadas pelo cliente. Um maior número de peças em carbono custou-lhe 70.000 dólares, para depois a decoração em vermelho e branco (na realidade, o vermelho não é vermelho, uma vez que o Rocket Red da McLaren é um laranja) ser um extra dispendioso. Só o facto de a marca britânica ter pintado o número 12 nas laterais do carro obrigou Manny a pagar mais 30.000 dólares.

Mas o acessório que mais surpreendeu Manny Khoshbin foi mesmo uma garrafinha de água, uma coisa com pouco mais de 1 litro, que lhe custou 7.000 dólares (cerca de 5.400€) e que, associada ao sistema montado no superdesportivo, permite beber água (necessariamente natural) através de um tubinho. Um miminho que é normal para quem anda de moto, ou corre de moto ou de carro, mas que dificilmente pode ser considerado o máximo para quem acabou por pagar 1.250.000 dólares por um Senna com uma pintura sob encomenda. Sendo que os 5.400€ não incluem a água, pelo que esqueça a Evian. A quantia diz respeito apenas ao valor cobrado pela garrafa, que se adapta ao sistema de fornecimento de líquido ao piloto, a ou a quem quer que seja que se sente ao volante.

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