Festa que é festa num relvado parece ter, nos dias que correm, a obrigatoriedade de ser feita com um telemóvel na mão para ir guardando todos aqueles momentos para a posteridade. Alissson Becker, guarda-redes brasileiro do Liverpool, não foi exceção. E acabaria por ser diante da câmara a que só ele tem acesso que a capa mais tímida e introvertida de um dos melhores jogadores da final com o Tottenham acabou por cair e com humor à mistura. “Toda a gente dizia que ia ficar 2-1, 4-3, 3-2, mas ninguém disse que ia ficar 1-0 ou 2-0, ninguém tinha fé em mim. Mais uma folha limpa!”, atirou entre sorrisos no seu Instagram.

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O último adjetivo que poderia ser utilizado para descrever Jürgen Klopp é “ortodoxo”. O treinador alemão não joga de acordo com as regras, não escolhe as opções mais aconselháveis, não segue os livros, as enciclopédias, os manuais. Klopp é todo coração, todo sentimento, todo instinto e todo empatia. Não deixa ninguém indiferente e é praticamente impossível ter uma opinião moderada sobre o técnico: ou se ama, ou se odeia. Quer se ame ou se odeie, a verdade é que Jürgen Klopp conquistou este sábado o primeiro troféu europeu da carreira e a primeira competição desde que chegou a Liverpool, tornando-se o quarto treinador dos reds a ser campeão europeu.

“Na Alemanha já estaria meio bêbedo”. A “melhor noite” de Klopp, da música à falta de álcool nos festejos

Marcelo em 2014, Ferreira-Carrasco em 2016, Asensio em 2017, Gareth Bale em 2018, Origi em 2019. Um suplente sair do banco na final da Liga dos Campeões e marcar até pode parecer uma exceção mas, olhando para os últimos seis anos onde aconteceu em cinco ocasiões, tornou-se regra. E, no caso do avançado belga, nem se pode dizer que seja algo muito comum de acontecer: esta temporada jogou apenas 763 minutos, tapado pelo trio com pilhas inesgotáveis Mané-Salah-Firmino, e marcou oito golos além de ter feito mais duas assistências. Ainda assim, o futebol é sobretudo momento e o momento do jogador de 24 anos fez toda a diferença, marcando quatro golos nos últimos quatro encontros (dois com o Barcelona) depois de ter feito três em… 19 jogos.

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Ao longo da temporada, desde o início da Liga dos Campeões, a rotina manteve-se. No sorteio da fase de grupos, no sorteio dos oitavos de final, no sorteio dos quartos de final, a história foi sempre igual: ninguém, nenhum clube, queria cruzar com o Liverpool. As eliminações precoces de Real Madrid e Juventus ajudaram ao caráter de intimidação dos reds — mas a verdade é que a vertigem, a velocidade, a intensidade, o crer interminável da equipa orientada por Jürgen Klopp tornou-a a mais temível de todas aquelas que estavam na edição 2018/19 da Champions.

Van Dijk, o Mr. Millions sem passado que garante o futuro do Liverpool

Cem mil turistas, com um impacto económico de 50 milhões de euros. Entradas a serem revendidas a 10.000 euros, salas com colchões insufláveis perto do estádio a mais de 1.000 euros. Cama de casal para passar uma noite (apenas a pessoas “de respeito”) a 700 euros, um lugar de garagem para o dia a 295 euros. Um pack estranhíssimo por um valor total de 9.500 euros que tinha uma casa a 20 minutos de carro do recinto, para dez pessoas no máximo, com jogos eróticos e bar aberto todo o fim de semana. O astronómico número de 1.000.000 de litros de cerveja bebidos entre sábado e domingo avançado pelo ABC é qualquer coisa que faz parar e pensar a loucura que a final da Champions mas já antes uma peça do El Confidencial tinha mostrado como tudo vale quando chegamos a este dia. Tudo e mais alguma coisa: cerca de 50 adeptos sem entrada no Wanda Metropolitano tentaram aceder ao interior do palco de todos os sonhos e emoções através da zona de imprensa, como mostrou a Marca. Do início ao fim, este é o reino dos excessos. Mas a culpa, numa versão meramente idílica do fenómeno, é das equipas.

Os astros alinharam-se com Origi e escreveram no céu “You’ll Never Walk Alone” (a crónica do Tottenham-Liverpool)

Mais de 300 litros de álcool, entre cervejas, licores, gin, whisky e vodka, foram apreendidos na estação de comboios de Alicante a adeptos do Tottenham e do Liverpool, que estavam nesta província do Sul de Espanha, que se dirigiam a Madrid de comboio de alta velocidade, TGV, para assistir à final da Liga dos Campeões

Fontes das forças de segurança citadas pela agência Efe adiantam a maior parte das bebidas retidas era cerveja, em embalagens de seis e 12 garrafas, mas também havia bebidas de mais elevado teor alcoólico. E algumas bastante caras, como várias garrafas de volka de marca Cirol que terão custado cada 130 cada, segundo o recibo do duty free do aeroporto de Alicente.

.@ChampionsLeague | @SpursOfficial 0-2 @LFC | Final

QUE MOMENTO DE ARREPIAR! ???? Henderson levanta o troféu e há toda uma explosão de emoções ???????????? #ChampionsEleven #ForTheFans pic.twitter.com/xXgO90VLvB

— Eleven Sports Portugal (@ElevenSports_PT) June 1, 2019

Já se ouve “You’ll Never Walk Alone” em Madrid.

Jordan Henderson levanta neste momento o troféu da Liga dos Campeões no relvado do Wanda Metropolitano!

https://twitter.com/playmaker_PT/status/1134929252233691137

.@ChampionsLeague | @SpursOfficial 0-2 @LFC | Final

Há novo campeão na Europa e é o LIVERPOOL! ???? #ChampionsEleven #ForTheFans pic.twitter.com/sNnEuphOk2

— Eleven Sports Portugal (@ElevenSports_PT) June 1, 2019

????????????????????????????Liverpool conquista a 6.ª Taça/Liga dos Campeões. Ultrapassa ????????Bayern e ????????Barcelona em número de títulos na prova e entra no top-3 dos ⭐️vencedores (Milan 7 e Real Madrid 13) pic.twitter.com/clZ105GMcB

— playmakerstats (@playmaker_PT) June 1, 2019

⚽ FINAL | ???????????????????????????? Tottenham ???? Liverpool ????????????????????????????

“Reds” conquistam a sua 6⃣ª “orelhuda”, o 12º troféu europeu da sua História
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Ratings em https://t.co/QZuwKyufuG#UCLfinal #TOTLIV #ChampionsEleven pic.twitter.com/QQp9xEDVup

— GoalPoint.pt ⚽ (@_Goalpoint) June 1, 2019

Apito final em Madrid! Liverpool vence Tottenham com golos de Salah e Origi e conquista a Liga dos Campeões 14 anos depois da última vez. Jürgen Klopp vence uma prova europeia pela primeira vez na carreira.

.@ChampionsLeague | @SpursOfficial 0-2 @LFC | 87'

GOLO DO LIVERPOOL! Origi, um dos herói das meias finais ataca novamente e está tudo decidido! #ChampionsEleven #ForTheFans pic.twitter.com/n3Ug8P34g4

— Eleven Sports Portugal (@ElevenSports_PT) June 1, 2019

Cinco minutos de tempo extra para jogar em Madrid.

Sai Mané, entra Joe Gomez.

O avançado aproveitou uma bola perdida depois de um lance de insistência no seguimento de um canto e atirou rasteiro, tombado na esquerda, para bater Lloris pela segunda vez no jogo.